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LVMH lidera lista das 100 maiores empresas de luxo do mundo

By Marjorie van Elven

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Negócios

Mais uma vez, a LVMH (empresa dona das marcas Louis Vuitton, Fendi, Givenchy, Celine, Marc Jacobs, entre outras) ficou em primeiro lugar na lista anual das 100 maiores empresas de luxo do mundo, publicada pela empresa de consultoria Deloitte. Em segundo lugar, ficou a americana Estée Lauder, seguida pela suíça Richemont. O conglomerado francês Kering (Gucci, Saint Laurent, Balenciaga, alexander McQueen) subiu do quinto para o quarto lugar este ano, desbancando a gigante italiana de óculos Luxottica. A lista de refere ao ano fiscal de 2017.

Juntas, as 100 empresas geraram mais de 247 bilhões de dólares em 2017, quase 30 milhões a mais do que no ano anterior. O crescimento médio anual também subiu 10,8 por cento, nove por cento a mais do que em 2016. Mais uma vez, a Itália lidera em número de empresas presentes na lista, mas em termos de vendas a França ganha disparado.

O setor de roupas e sapatos é o mais expressivo do ranking, com 38 empresas, seguido pelo setor de jóias e relógios, com um total de 32 companhias. No entanto, quando se trata de receita, o setor de roupas e sapatos ficou em último lugar, tendo gerado 1.1 bilhão de dólares em 2017.

Oito empresas entraram no ranking pela primeira vez este ano: Chanel Limited (Reino Unido), Kosé Corporation (Japão), Revlon (EUA), Samsonite International (EUA), Vera Bradley Inc (EUA), Zadig & Voltaire (França), Van de Velde NV (Bélgica) e Giuseppe Zanotti SpA (Itália). No entanto, somente Revlon, Samsonite e Giuseppe Zanotti entraram no Top 100 devido a um aumento nas vendas. As demais entraram porque ampliaram a divulgação de resultados, fornecendo mais dados para a Deloitte. A Chanel, por exemplo, divulgou seus resultados pela primeiríssima vez em 2018, haja vista que é uma empresa de capital fechado.

As 100 maiores empresas de luxo do mundo:

  • 1. LVMH (França)
  • 2. Estée Lauder (EUA)
  • 3. Compagnie Financière Richemont SA (Suíça)
  • 4. Kering SA (França)
  • 5. Luxottica Group (Itália)
  • 6. Chanel Limited (Reino Unido)
  • 7. L’Oréal Luxe (França)
  • 8. The Swatch Group (Suíça)
  • 9. Chow Tai Fook Jewellery Group (Hong Kong)
  • 10. PVH Corp (EUA)

As companhias de luxo que mais crescem, segundo a Deloitte:

  • 1. Canada Goose (Canadá)
  • 2. Coty Luxury (EUA)
  • 3. Furla SpA (Itália)
  • 4. Titan Company Limited (Índia)
  • 5. Shiseido Prestige & Fragrance (Japão)
  • 6. Richard Mille SA (Suíça)
  • 7. Chow Tai Seng Jewellery Co. (China)
  • 8. Kering SA (França)
  • 9. Pandora A/S (Dinamarca)
  • 10. Moncler (Itália)

De olho nos HENRYs

A Deloitte também prevê um futuro promissor para o setor de luxo, apesar da desaceleração dos mercados chinês, americano e europeu. 76 das 100 empresas analisadas na lista tiveram aumento nas vendas em 2017, sendo que quase metade delas registrou um crescimento de mais de dois dígitos.

A demanda por produtos de luxo deve crescer junto com a classe média: em 2020, mais de 50 por cento da população mundial será classificada como “classe média”. Existe, no entanto, um grupo em particular no qual as empresas de luxo devem prestar atenção, segundo a Deloitte: os HENRYs -- High Earners, Not Rich Yet. Em inglês, “pessoas que ganham bem, mas ainda não são ricas”. Eles ganham entre 100 mil e 25 mil dólares por ano e têm, em média, 43 anos de idade. De acordo com a Deloitte, este grupo de consumidores adora comprar online e não tem medo de gastar um bom dinheiro em itens de luxo.

Sustentabilidade é essencial para o setor continuar crescendo

A Deloitte aconselha as empresas de luxo a distanciar-se cada vez mais de uma imagem relacionada a excessos e ostentação, pois um novo tipo de consumidor, com valores diferentes, está tomando conta do mercado. As gerações mais novas levam em conta questões como meio ambiente, igualdade de gênero, direitos dos animais e condições de trabalho na hora de fazer compras -- e as marcas mais espertas já estão se adaptando a esta nova realidade.

A Burberry, por exemplo, foi duramente criticada no ano passado por destruir as roupas que não consegue vender. Além de se ver forçada a acabar com tal prática, a empresa também decidiu reciclar e doar mais roupas. Já a Prada criou um conselho para guiar a empresa em relação a questòes como inclusão e diversidade. A Kering também não ficou atrás, publicando uma lista de requisitos sociais e ambientais, os quais alega cobrar de todos os fornecedores com quem trabalhar daqui em diante.

De “omni-channel” para “omni-personal”

Muito se fala sobre a necessidade de se ter uma estratégia de vendas “omni-channel”, que contemple tanto lojas físicas quanto online. Segundo a Deloitte, logo a palavra “omni-channel” será a realidade de todo o mercado, forçando as empresas de luxo a oferecer mais do que a integração de plataformas para se diferenciar dos concorrentes e garantir a fidelidade dos clientes. Para isso, elas investirão em serviços cada vez mais personalizados.

A mudança já está ocorrendo: no ano passado, a Louis Vuitton lançou um programa chamado “Now Yours”, o qual permite que os clientes customizem as peças. A Gucci fez o mesmo, com um projeto chamado “Do It Yourself”, adicionando as iniciais do consumidor a bolsas e sapatos.

Usando a tecnologia para estreitar relações com os clientes

Neste cenário em que a personalização ganha cada vez mais força, a Deloitte prevê que as empresas de luxo façam cada vez mais uso de análise de dados. Várias marcas, incluindo Louis Vuitton, Dior e Tommy Hilfiger já estão usando inteligência artificial para mapear o comportamento e preferências dos consumidores. A Kering chegou até a criar uma equipe de ciências de dados em 2018.

Foto: Louis Vuitton Facebook

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