A primeira publicação financeira do grupo Kering desde a chegada de Luca de Meo
A Kering, que há anos tenta relançar sua marca principal Gucci, apresenta na quarta-feira seu faturamento do terceiro trimestre, a primeira publicação financeira desde a chegada de Luca de Meo em setembro ao cargo de diretor-geral para reerguer o grupo de luxo.
Esta publicação ocorre 72 horas após o anúncio da venda da divisão de beleza da Kering para a L'Oréal por quatro bilhões de euros, criada há apenas dois anos ao absorver a marca de perfumes de luxo Creed, adquirida na época por 3,5 bilhões de euros.
O acordo inclui o estabelecimento de licenças de perfume de 50 anos para as principais marcas Gucci, Bottega Veneta e Balenciaga, bem como uma parceria "na forma de uma joint venture 50/50, que permitirá criar experiências e serviços", explicou Luca de Meo em uma entrevista ao Le Figaro na terça-feira (21).
A operação, a ser paga em dinheiro, deve ajudar o grupo proprietário da Gucci, Bottega Veneta, Saint Laurent e Balenciaga a reduzir seu endividamento, que chega a 9,5 bilhões de euros.
Para a Kering, "não é uma virada de 180 graus, mas uma forma de acelerar o desenvolvimento de [suas] marcas no segmento de beleza. É bom fazer isso sozinho, mas é melhor fazer em conjunto, especialmente com a líder, L'Oréal", declarou ele.
"Se colocarmos nossas marcas nas mãos da L'Oréal, elas vão decolar", acredita Luca de Meo. A L'Oréal pagará royalties à Kering pelo uso das marcas licenciadas. No entanto, "a L'Oréal investe mais em mídia por trás de seus perfumes do que nós em nossas marcas de moda. Vamos aproveitar essa força de ataque", antecipa ele.
"Aliviar o barco" e relançar a divisão de moda
Enquanto isso, o faturamento da Kering no terceiro trimestre deve cair 12 por cento, para 3,3 bilhões de euros, prevê o consenso de analistas da Bloomberg.
"Era urgente nos concentrarmos no que sabemos fazer", disse Luca de Meo ao Le Figaro. "O mundo está se movendo rápido, é preciso acompanhar". "Sempre estive convencido de que a velocidade do jogo é importante e precisamos recuperar um pouco de velocidade", acrescentou.
Embora os contatos entre a L'Oréal e a Kering tenham começado há um ano, ou seja, bem antes da chegada de Luca de Meo, eles se aceleraram quando o italiano, mesmo antes de assumir o cargo, encontrou neste verão Nicolas Hieronimus, que dirige a L'Oréal.
"Esta transação nos ajudará a aliviar o barco e a relançar nossas marcas de moda, começando pela Gucci", estima Luca de Meo. Sua conclusão está prevista para o primeiro semestre de 2026.
A Gucci, marca principal do grupo de luxo presidido por François-Henri Pinault, responde sozinha por 44 por cento do faturamento e dois terços da rentabilidade operacional. Mas ela continua passando por uma fase ruim. Suas vendas caíram 26 por cento no primeiro semestre, para três bilhões de euros.
A parceria com a L'Oréal inclui "os direitos de celebrar um acordo de licença exclusiva com duração de cinquenta anos para a criação, desenvolvimento e distribuição dos produtos de perfumaria e beleza da Gucci", com início após o vencimento da licença atual com a americana Coty. Segundo vários analistas financeiros, esta licença expira em 2028.
"O faturamento da Yves Saint Laurent em beleza é equivalente ao alcançado em moda e artigos de couro", ou seja, 2,9 bilhões de euros em 2024, destacou Luca de Meo ao Le Figaro. "Isso lhes dá uma ideia do potencial para a Gucci".
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