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Abit apresenta resultados do primeiro semestre de 2019

By Marta De Divitiis

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Negócios

Em coletiva via Internet o presidente da Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção – Fernando Pimentel apresentou ontem, dia 31 de julho, os resultados do segmento durante esse primeiro semestre.

“Depois de um forte otimismo pós eleições de novembro, com expectativas positivas de mudança, o que ocorreu foi um escoamento dessas perspectivas ao longo do semestre,” começou.

Os resultados, contabilizados de janeiro a maio de 2019 e comparados com o mesmo período de 2018, de acordo com a entidade, mostram uma produção têxtil com queda de 1, 3 percentuais; o varejo de vestuário com queda de 0,2 percentuais e a produção de varejo com um ligeiro aumento (0,6 percentuais). Houve geração de 12.954 empregos formais.

“Do ponto de vista de resultados as empresas não obtiveram saldos favoráveis tendo em vista que o consumidor continua um tanto refratário ao consumo,“ explicou. Segundo o Pimentel logo após o anúncio da aprovação da reforma da Previdência o humor do mercado melhorou, mas esse clima só será confirmado após a reforma ir para o Senado e se iniciar a reforma Tributária, que interessa ainda mais às empresas. Outro ponto importante para esses resultados foi o inverno ameno, que provocou baixa de vendas.

Quanto ao comércio exterior, as exportações tiveram um aumento de 7 percentuais, em toneladas, mas Pimentel advertiu que em termos de faturamento as exportações representam para as indústrias em torno de 3 a 4 por cento apenas e em tonelagem 10 por cento. A importação de vestuário teve uma queda bem forte, de 17,41 por cento, que corresponde a 170 milhões de peças.

O segundo semestre, estatisticamente, costuma ser melhor, mas o presidente da entidade garante que não será o suficiente para o que o país precisa e tem potencial.

Outro dado levantado foi que o desembolso do BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento - teve queda de 48 percentuais enquanto a importação de máquinas e equipamentos teve um acréscimo de 6, 5 percentuais. Um ponto positivo, de acordo com Pimentel, foi que na última ITMA – Feira de Tecnologia Têxtil e de Vestuário, que ocorreu em junho em Barcelona, Espanha, a presença brasileira foi ampla. “Apesar de nosso cenário complicado, o Brasil compareceu de forma expressiva para conferir os lançamentos da indústria de bens de capital que atende ao nosso setor,” disse.

De acordo com a entidade, o mercado continua travado, a taxa de desemprego continua muito alta, mas há indícios que passando a reforma da Previdência no Senado e iniciando a reforma Tributária, o ambiente tenderá a melhorar.

Além disso a coletiva versou também na agenda de competitividade que a Abit tem para desenvolver ações ao longo de dez anos para colocar o Brasil num patamar igualitário aos dos países mais desenvolvidos. Outro ponto abordado foi o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia e os efeitos para as empresas brasileiras.

ABIT