Alpha Modus processa a H&M por violação de patentes
Madri – A empresa norte-americana Alpha Modus, especializada no desenvolvimento de tecnologias para a indústria do varejo, continua em sua batalha férrea pela proteção de sua propriedade industrial e intelectual, desta vez por meio da abertura de um processo contra a multinacional de moda sueca, Grupo H&M. Uma nova ação que abriram contra uma nova “gigante” da moda, e que vem à tona após o processo apresentado contra a multinacional espanhola Inditex, e contra sua principal rede de moda, Zara, em meados de novembro passado.
Conforme consta no processo datado de 1 de dezembro de 2025 movido pela Alpha Modus contra a filial da H&M nos Estados Unidos, a sociedade H&M Fashion USA, perante o Tribunal Federal Distrital para o Distrito Leste do Texas, documento ao qual a FashionUnited teve acesso, a empresa de tecnologia norte-americana acusa o grupo sueco de violar a propriedade industrial e intelectual protegida por um total de cinco patentes registradas. Especificamente, das identificadas em seu portfólio de registro de direitos sobre propriedade intelectual com os números 11.042.890, de método e sistema de assistência ao cliente em loja de varejo; 11.049.120, de método e sistema para a geração de modelos para a colocação de produtos em loja; 11.301.880, de método e sistema para a gestão de estoque de uma loja de varejo; 12.026.731, sobre um método para a comercialização e a difusão de publicidade personalizada de produtos de varejo; e 12.354.121, sobre métodos e sistemas para a realização de compras em uma loja de varejo. As mesmas quatro patentes, além da identificada com o código 11.042.890, que a empresa de tecnologia norte-americana acusa igualmente a Inditex e a Zara de terem infringido mediante a implementação, sem seu consentimento, de suas tecnologias patenteadas como elementos essenciais para sua atividade comercial, tanto por meio do canal físico quanto digital.
Assim como a Inditex e a Zara, “a H&M é uma importante varejista global”, sobre a qual “acreditamos que vêm utilizando componentes essenciais de nossa tecnologia patenteada de IA em loja sem autorização”, destaca Bill Alessi, fundador e CEO (diretor executivo, na sigla em inglês) da Alpha Modus, em declarações à FashionUnited. “Há mais de uma década projetamos e implementamos esses sistemas em ambientes de varejo, e proteger esse investimento é essencial para garantir que se mantenha um ecossistema justo para todos os atores do setor', defende. Nessa aposta, “nossa postura é simples” diante de infrações como as que afirmam ter detectado nos ecossistemas comerciais da Inditex, Zara e H&M, e passa por exigir que “se uma empresa cria ou implementa sistemas baseados em nossa tecnologia patenteada, deve obter uma licença”. “Estamos comercializando e integrando ativamente essas tecnologias com parceiros de todo o setor varejista, por isso não podemos ignorar seu uso não autorizado, ainda mais quando se trata de uma marca tão grande como a H&M”.
Reivindicações de indenização e cessação da implementação de suas tecnologias nas lojas e plataformas da H&M
Conforme consta no texto do processo, a Alpha Modus acusa a H&M de implementar sem autorização suas tecnologias patenteadas em uma ampla lista de soluções e ferramentas, tanto internas quanto colocadas ao alcance de seus clientes. Soluções que, além disso, passaram a constituir uma parte integral e essencial da atividade comercial realizada pela rede de moda sueca, tanto por meio de suas lojas quanto de suas plataformas de comércio online.
De maneira ainda mais concisa, entre os elementos do modelo comercial da H&M para os quais a Alpha Modus defende que o grupo de moda sueco estaria se apoiando em suas tecnologias patenteadas, destaca-se em primeiro lugar o sistema de gestão de peças e de estoque mediante tecnologia RFID que a rede de moda sueca está utilizando, tanto para analisar esse estoque quanto para outras análises relacionadas à sua venda e gestão. Infração à qual somam a que a empresa estaria igualmente praticando de sua propriedade intelectual por meio do aplicativo móvel da H&M; por meio dos sistemas de videovigilância digitais de suas lojas, que servem para analisar a atividade de clientes e funcionários; de todo o software, sistemas e tecnologias de gestão e reposição de estoque; e também dos “espelhos inteligentes” da H&M com capacidades digitais, que oferecem uma série de diferentes experiências personalizadas em algumas das principais lojas da rede. Elementos aos quais apontam diretamente em seu processo a Alpha Modus, embora não fechem a porta para que possam acabar sendo identificados mais do que os já assinalados.
Como contrapartida por esse acúmulo de infrações de sua propriedade industrial e intelectual, e que a Alpha Modus sustenta que, assim como na ação aberta contra a Inditex, causaram um prejuízo à empresa por meio da perda de oportunidades de negócio, de receitas e de diminuição do valor de sua tecnologia patenteada, a empresa norte-americana reivindica perante o Tribunal que seja emitida uma sentença condenatória contra a H&M por violação de patentes; e uma ordem que proíba permanentemente a empresa sueca de continuar realizando ações que violem a propriedade intelectual da Alpha Modus. Reivindicações às quais somam a de uma indenização por perdas e danos, em nenhum caso inferior ao valor dos royalties que a H&M deveria ter pago por implementar a tecnologia da Alpha Modus; bem como uma sentença por infração intencional, com temeridade, deliberada e dano flagrante contra a empresa sueca, agravante pelo qual se solicita que os danos econômicos reivindicados sejam multiplicados por três, tal como permite a Lei de Patentes dos EUA.
“No núcleo do portfólio tecnológico da Alpha Modus, incluindo as patentes denunciadas, encontra-se a capacidade de analisar o comportamento do consumidor e a interação com os produtos em tempo real”; uma “avançada capacidade” de análise que “permite às empresas ajustar dinamicamente suas estratégias de marketing para satisfazer as necessidades imediatas dos consumidores em momentos-chave da decisão de compra”, tentam explicar ao Tribunal a partir da empresa de tecnologia norte-americana. Sendo justamente essa natureza de vanguarda de suas tecnologias a que teria permitido, assinalam em seu processo, neste caso à H&M acessar “vantagens competitivas no mercado varejista”, por meio do “uso da tecnologia patenteada da Alpha Modus”, sem autorização.
“Nosso portfólio de patentes não foi criado para ficar em uma prateleira, mas é a espinha dorsal dos sistemas de inteligência artificial em loja que implantamos todos os dias”, enfatiza Bill Alessi. Uma implementação, portanto, real e de mercado, a que já vivem as tecnologias da Alpha Modus, e diante da qual, assim, o poder “fazer cumprir essas patentes” não deixa de fazer parte “de uma estratégia mais ampla para padronizar a inteligência varejista em tempo real e garantir que as empresas que contribuem para esse ecossistema o façam em condições comerciais justas”.
- A empresa norte-americana Alpha Modus processou o Grupo H&M pela infração de cinco patentes relacionadas a tecnologias de inteligência artificial para o comércio varejista em loja, uma ação similar à apresentada previamente contra a Inditex e a Zara.
- A Alpha Modus acusa a H&M de implementar sem autorização suas tecnologias patenteadas em elementos-chave de seu modelo comercial, como a gestão de estoque RFID, seu aplicativo móvel, os sistemas de videovigilância ou seus espelhos inteligentes.
- A Alpha Modus exige uma ordem judicial para proibir a H&M o uso continuado de suas tecnologias, uma indenização por perdas e danos e uma sentença por infração intencional que poderia triplicar os danos econômicos reivindicados.
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