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Balanço da indústria têxtil e de confecção 2019

By Marta De Divitiis

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Negócios

No último dia 18 a Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção apresentou em coletiva o balanço do ano de 2019 para o segmento, assim como as perspectivas para 2020.

De acordo com Fernando Pimentel, presidente da entidade, o ano de 2019 foi conturbado politicamente, com muitos ruídos, mas apesar disso deixou um saldo aparentemente positivo. Entre os momentos mais marcantes do período citou as negociações do Acordo com a UE - União Européia e Mercosul, EFTA - European Free Trade Association e Canadá, ainda não vigente; os problemas políticos e econômicos da Argentina, nosso primeiro mercado de exportação; a reforma da previdência, ainda não definitiva; a revisão da NR 12 - norma regulamentadora do ministério do trabalho, que estabelece normas de segurança para a operação de máquinas e equipamentos industriais; a safra recorde do algodão; queda dos juros de forma mais estrutural; a guerra comercial entre os EUA e a China; a Medida Provisória da Liberdade Econômica, que traz medidas de desburocratização para empresas e empreendedores e por fim, o recorde das bolsas de valores.

Em termos numéricos, de acordo como IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e o CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho - estamos ainda no vermelho tanto na produção têxtil (menos 2,5 por cento) e produção de vestuário (menos 0,5 por cento) no período de janeiro a outubro de 2019. Nesse mesmo período o varejo do vestuário subiu 0,3 percentuais e o número de empregos formais subiu para 15.010, embora tenha até outubro, perdido 10.690 postos de trabalho. Na exportação de têxtil e de confecção houve um aumento de 3,7 percentuais, de janeiro a novembro, em relação ao mesmo período do ano passado. "O preço do vestuário, na ponta varejista, está abaixo da inflação geral e o IPP - Índice de Preços ao Produtor - que é o preço das fábricas para os varejistas também está andando abaixo da inflação,”diz Pimentel.

No comércio exterior, em tonelagem, nas exportações, houve um crescimento de 3,7 por cento de janeiro a novembro de 2019 em relação ao mesmo período de 2018. Segundo Pimentel a exportação de vestuário se destaca com grandes e médios varejistas que estão instalando lojas no exterior. A importação de vestuário caiu 13,3 por cento enquanto a importação de matéria prima cresceu 1,4 por cento. A importação de máquinas e equipamentos cresceu 6,5 por cento entre janeiro e novembro de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado.

Expectativas apontam um Natal melhor desde 2014

Dados da CNC - Confederação Nacional do Comércio - apontam que esse Natal será o melhor para o setor de varejo, desde 2014 com projeção de vendas estimadas em 36,3 bilhões de reais. “Isso denota uma confiança maior do consumidor, dado que a Abit já tinha observado e foi confirmado pela CNI - Confederação Nacional das Indústrias e FGV - Fundação Getulio Vargas,”disse Pimentel. Dentro dessa avaliação o CNC mostra que o setor de vestuário e calçados será responsável por 24,9 por cento do faturamento total, atrás somente de Hiper e Supermercados.

A contratação de empregos temporários esse ano será de aproximadamente 91,4 mil postos, sendo que destes há possibilidades de parte ser absorvido por contratações permanentes. Desse montante, 62,5 mil postos serão tomados pelo setor de vestuário e calçados.

A projeção para o ano de 2020 aponta que a produção têxtil e de confecção poderá crescer em torno de 2 a 2,5 por cento, com exportações tendo um aumento de aproximadamente 2,5 percentuais e as importações, um incremento de 4,1 por cento. “Se esses números se formalizarem poderemos gerar mais de 6 mil novos postos de trabalho formal,” avalia o presidente da Abit.

Foto: Janko Ferlïc/Unsplash

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