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Coteminas e Shein assinam memorando de entendimento

By Marta De Divitiis

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Negócios

Foto: Arisa Chattasa/Unsplash

Logo após anunciar que investiria no Brasil 750 milhões de reais nos próximos três anos, a asiática Shein assinou com a brasileira Coteminas - Companhia de Tecidos Norte de Minas, do atual presidente da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Josué Gomes da Silva, um memorando de entendimento, segundo o jornal O Estado de S. Paulo divulgou sábado (22).

De acordo com o documento, dois mil confeccionistas, clientes da Coteminas, serão fornecedores da Shein, atendendo o mercado brasileiro e da América Latina. Essa parceria irá abranger também financiamento para capital de trabalho, além de contratos de exportação de produtos para o lar.

Gomes da Silva já havia intermediado uma reunião entre a varejista chinesa e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad na quinta-feira (20), quando ficou entendido que a Shein iria nacionalizar 85 por cento de sua produção comercializada no país. Os investimentos anunciados podem gerar aproximadamente 100 mil empregos indiretos.

Produção sob demanda

O presidente do conselho da Shein para a América Latina, Marcelo Claure, disse à agência Reuters que manterá os mesmos níveis de preços já praticados, sendo que o custo da fabricação local será compensado com a economia que se fará na logística. A companhia trabalha com produção sob demanda não dependendo de estoques. De acordo com Claure, a ideia é enviar a matéria-prima para o Brasil e desenvolver a fabricação no país.

Os investimentos citados no primeiro parágrafo serão voltados para a transição do modelo de fabricação atual para o sob demanda nas fábricas locais que serão parceiras. Além disso, estão previstos o treinamento de funcionários e a digitalização da operação.

Em comunicado à imprensa, Claure explicou que ”a chave para nossa estratégia de crescimento é alavancar nossa escala global e excelência operacional para apoiar e contribuir para as economias e ecossistemas locais". Temos visto grande sucesso no Brasil desde nosso lançamento em 2020 e, com a crescente demanda dos consumidores, vimos a oportunidade de localizar mais a nossa cadeia de fornecimento para beneficiar os consumidores, as pequenas empresas e a economia em geral", ressalta Claure, no release enviado.

Foto: Charlesdeluvio/Unsplash

Concorrência entre empresas estrangeiras e nacionais

Em recente visita à China, acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad afirmou que é preciso haver concorrência leal entre as empresas estrangeiras e brasileiras. O governo tentou acabar com a isenção de impostos sobre compras pelos correios no valor de até 50 dólares, feitas por pessoas físicas (suspeitava-se que haveria simulação de compras entre pessoas físicas para fugir dos impostos). No entanto, após repercussão negativa, recuou da decisão.

Os executivos das principais associações como a Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção; Abvetx - Associação Brasileira de Varejo Têxtil e IDV - Instituto para o Desenvolvimento do Varejo são a favor da taxação das plataformas de comércio eletrônico asiáticas. Como resumiu Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV, ao Estadão, “a indústria e o varejo têm condições de serem mais competitivos desde que sob as mesmas bases de competição.”

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