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Cúpula Global de Moda: as barreiras permanecem enquanto as pontes não se estendem o suficiente

By Simone Preuss

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Negócios
Painel “Além das Categorias da Moda” com a diretora de sustentabilidade da H&M, Leyla Ertur (centro), Omoyemi Akerele, fundadora e CEO da Lagos Fashion Week (direita) e a moderadora Maria Luisa Martinez Diez, da GFA. Créditos: cortesia Agenda Global da Moda

A Cúpula Global de Moda, agora em sua décima sexta edição, ocorreu de três a cinco de junho de 2025 em Copenhague (Dinamarca). Foi lançada pela Agenda Global da Moda (GFA, na sigla em inglês) em 2009 para “despertar ações urgentes e acelerar o impacto na indústria da moda”. Como nos anos anteriores, atraiu mais de 1.000 líderes do setor, incluindo executivos C-level (aqueles com cargos mais altos de liderança e com grande responsabilidade e influência na tomada de decisões estratégicas - nota da editora), líderes e participantes de toda a cadeia de valor de mais de 48 países, tornando-se um evento de networking muito aguardado.

De fato, a julgar pelos muitos assentos vazios durante alguns eventos, o networking pode ter sido a principal agenda de muitos participantes presenciais. Ou pode ter sido a adição de um novo espaço, o Palco Ignite, que espalhou os participantes por mais locais. Como o nome sugere, o Palco Ignite foi criado para fornecer uma plataforma para apresentações rápidas e impactantes centradas em inovação e uma chance para o público fazer perguntas. Em consonância com a moda sustentável, mais participantes podem ter optado por participar on-line.

Transformando barreiras em pontes

Em vista da imensa pressão que a indústria da moda enfrenta atualmente - adaptando-se às mudanças geopolíticas e cumprindo um ambiente regulatório cada vez mais complexo - o tema deste ano foi ‘Barreiras e Pontes’. O tema “destaca as dualidades deste momento, onde as barreiras tradicionais têm a possibilidade de se transformar em pontes para mudanças tangíveis. Com a nova legislação acelerando, os limites entre os esforços voluntários e obrigatórios estão se confundindo, exigindo coragem e capital para aproveitar este momento de oportunidade”, explica a GFA. Afinal, “um muro deitado é na verdade uma ponte”, lembrou Christiane Dolva, chefe de inovação e pesquisa da Fundação H&M no primeiro painel para mudar as perspectivas, já que “os muros podem ser as pontes do futuro”.

CEO da GFA, Federica Marchionni, durante seu discurso de boas-vindas. Créditos: cortesia Agenda Global da Moda

“Precisamos ser uma força para o bem”, destacou a CEO da GFA, Federica Marchionni, em seu discurso de boas-vindas. “A sustentabilidade continua sendo uma prioridade fundamental para empresas, marcas e consumidores”, acrescentou, especialmente em tempos onde “a mudança climática é a única certeza”. Embora haja esperança em inovação e provedores de soluções, “a liderança é mais necessária em tempos de turbulência”, além de coragem e cooperação.

Navegando pela palavra com ‘S’

Em vista das novas regulamentações e diretrizes mais rígidas, houve receio, até mesmo medo, quando se trata de comunicar os esforços de sustentabilidade, especialmente do lado das marcas.

Lauren Bartley, diretora de sustentabilidade da Ganni, confirmou em um painel sobre “Fechando a Lacuna do Consumidor” que comunicar sobre sustentabilidade é um desafio. “Somos francos sobre isso, mas está se tornando mais desafiador, há muita confusão.”

Lauren Bartley, diretora de sustentabilidade da Ganni, como parte do painel sobre “Fechando a Lacuna do Consumidor”. Créditos: cortesia Agenda Global da Moda

A marca investe em tecidos do futuro e faz parcerias com fabricantes de materiais de última geração e inovações, mas “a comunicação em torno disso é muito difícil porque não se trata apenas de um novo material, então precisa ser factualmente preciso. Temos que ter cuidado para que não seja visto como greenwashing”. Ela também destacou o fato de que conversas complexas sobre sustentabilidade precisam ser simplificadas para serem digeríveis para os consumidores.

O designer dinamarquês Henrik Vibskov concordou: “É complicado comunicar o que quer que você faça porque na Dinamarca temos uma portaria agora, não podemos usar a palavra com ‘S’. Então, só podemos usar fatos puros, dados puros. É um desafio comunicar ao consumidor final que esta pode ser uma escolha melhor ou menos prejudicial”.

Apresentador Nadir Nahdi em conversa com o designer Henrik Vibskov (esquerda). Créditos: cortesia Agenda Global da Moda

Para alguns, o termo sustentabilidade sempre foi um pouco suspeito. “Antes, eu costumava dizer que sustentabilidade é um saco de vômito”, admitiu Sebastien Kopp, cofundador e diretor criativo da Veja, acrescentando “Eu não digo mais isso”. No entanto, ele destacou que a Veja não é uma marca sustentável: “Nunca falamos sobre ecologia, falamos sobre realidade. Não somos uma empresa socialmente responsável, não somos uma empresa sustentável, nosso foco é ir à realidade das coisas, ou seja, materiais, pessoas, como um tênis é construído, o que há dentro de um tênis? O que está além de um tênis?”

E, curiosamente, essa filosofia permitiu à marca produzir no Brasil, pagar aos trabalhadores de lá significativamente mais do que o valor de mercado e usar materiais caros, tudo isso oferecendo preços competitivos e sem depender de investidores ou empréstimos. O segredo? “Nenhuma publicidade. É tudo boca a boca”, disse Kopp, acrescentando que os custos de publicidade podem representar 50 a 60 por cento dos custos gerais do produto.

Sebastien Kopp, da Veja, aprofundou-se em “Conexões de Matérias-Primas” e o que diferencia a marca. Créditos: cortesia Agenda Global da Moda

Outro fator é que a Veja usa muito poucos materiais (talvez dez no total), mas pesquisa e os utiliza muito bem. “Esse limite é bom para mim, para a criação, para o design. Você não perde muito tempo dizendo ‘quais serão os próximos materiais’, não, você desenvolve um ao longo de dois anos, ao longo da cadeia de suprimentos”, explicou Kopp. “Não falamos sobre circularidade, falamos sobre sapateiros. Abrir lugares no mundo para consertar tênis Veja, mas também outros tênis. … O que queremos é um mundo com mais realidade, menos conversa”, enfatizou.

Colocando o tear de volta na ancestralidade

No início do primeiro dia, o contador de histórias e apresentador Nadir Nahdi aproximou o tópico de peças de herança do público com uma história sobre sua avó, que veio da Indonésia para a África Oriental de barco. Em silêncio sobre sua história, Nahdi cresceu sem saber muito sobre esse lado de sua ancestralidade, exceto por um sarongue de batik colorido. Foi a conexão, o elo perdido, que o fez embarcar na jornada para a aldeia de sua avó, onde ele conheceu o amigo de infância dela, que finalmente conseguiu preencher as lacunas.

Outra história contada por uma peça de roupa veio de Lydie Taylor, uma estudante de design de moda e sétima geração da Taylors Run, uma fazenda de ovelhas australiana. Questionada sobre o que vestia no evento, ela revelou que sua blusa era de segunda mão e sua saia uma herança de sua avó, que por sua vez havia recebido a saia de sua avó.

A moderadora Ebru Özkücuuk Güler, Katrin Ley, da Fashion for Good, a estudante de design de moda Lydie Taylor e Riyong Kim, da Agência Europeia do Ambiente (da esquerda para a direita), discutiram “O que é ‘Próxima Geração’?” Créditos: cortesia Agenda Global da Moda

Podemos ter esquecido hoje que as roupas costumavam durar tanto tempo - neste caso, seis gerações - pois eram verdadeiramente preciosas e feitas à mão, algo que era valorizado e passado com orgulho. Em tempos de peças de moda ultrarrápidas que são descartadas quase tão logo são usadas, o aspecto da herança se perdeu.

“O que exatamente estamos fazendo e o que é mais importante para nós? Não se trata mais de volumes, mas de valores. Então, através do processo de fazer, de criar, quais são os valores compartilhados entre a comunidade de criação e as corporações que possuem as empresas e o resultado final, que é a peça de roupa”, disse Omoyemi Akerele, fundadora e CEO da Lagos Fashion Week, em um painel que discutiu a vida “Além das Categorias da Moda”.

Para ela, os volumes de produção e a superprodução são problemas-chave. “Não podemos continuar produzindo nessa escala e esperar mudanças. Não podemos continuar tentando resolver o problema no final de uma peça de roupa, temos que pensar em soluções no início. É aí que eliminamos muitos problemas que vemos hoje quando se trata de produção de vestuário. Volto à minha comunidade e como produzimos, repensando o design. E entendendo que roupa é criar propósito, criar significado, garantir que cada peça seja feita com amor, para durar. É feita por meio de um processo que honra a tradição e as pessoas”. Isso inclui honrar o processo e as pessoas ao retirar o artesanato das comunidades. “‘Colaboração’ é a nova palavra da moda, mas vamos tirá-la e falar sobre copropriedade”, insta Akerele.

Omoyemi Akerele, fundadora e CEO da Lagos Fashion Week. Créditos: cortesia Agenda Global da Moda

Inovação

Além do Fórum de Inovação do GFS, anúncios de inovações surgiram na cúpula. Em uma sessão patrocinada, a Lycra Company e o fabricante de produtos químicos Qore anunciaram que em breve lançarão no mercado a primeira produção comercial em larga escala mundial de fibra Lycra de origem biológica feita com Qira, que usa milho dente de cavalo (tipo de milho muito utilizado na alimentação de animais - nota da editora) como matéria-prima.

A empresa de tecnologia circular Re&Up revelou no evento que se tornou a primeira produtora de fibras globalmente a obter a Certificação Cradle to Cradle para Circularidade de Produto, validando seu algodão e poliéster reciclados como totalmente circulares.

A empresa de biodesign Modern Meadow apresentou a Innoveera, um material de alto desempenho, livre de animais, feito de proteínas vegetais, biopolímeros e borracha reciclada. É escalável e adaptável, imita a aparência e o toque do couro e tem um teor de carbono renovável de mais de 80 por cento.

O eBay revelou que construiu um conjunto de soluções para permitir que as marcas de moda impulsionem a revenda – desde seu ponto de venda de marca para excesso de estoque, até Imperfects para itens ligeiramente danificados, mas nunca usados, até soluções de devolução de usados para marcas, incluindo sua nova parceria com Nobody’s Child. 

A Fashion for Good e a Arvind Limited anunciaram o lançamento do Future Forward Factories, uma iniciativa ambiciosa com dois componentes interconectados: desenvolver um projeto abrangente de código aberto para a fabricação têxtil sustentável e construir uma instalação física inovadora em Gujarat, na Índia, que comprove que essas inovações funcionam em escala comercial. 

Eileen Fisher, a madrinha do slow fashion, que lançou sua marca homônima há 40 anos, alertou que temos que continuar aprendendo. Créditos: cortesia Agenda Global da Moda

Informação

O varejista de moda on-line Zalando apresentou um relatório de acompanhamento de sua publicação de 2021 “É Preciso Dois” dedicado à lacuna do consumidor ou da ação - consumidores que desejam comprar de forma sustentável, mas não o fazem. “É Preciso Muitos” analisou o consumidor europeu em cinco mercados (França, Alemanha, Itália, Suécia e Reino Unido) e descobriu que, embora os consumidores se importem (74 por cento querem produtos mais sustentáveis), ainda há uma desconexão entre o comportamento e as intenções do consumidor. O preço ainda é o principal impedimento, também a falta de conhecimento em termos de identificação de opções sustentáveis e onde comprar. Daí o consenso de que é preciso muitos - marcas, os próprios consumidores, governos, reguladores e legisladores - para fechar a lacuna.

O Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, na sigla em inglês) lançou o Guia Setorial de Indicadores de Transição Circular (CTI na sigla em inglês) para Moda e Têxtil v2.0 para capacitar os agentes da cadeia de valor têxtil e da moda a liberar valor comercial incorporando a medição de desempenho circular na tomada de decisões.

Um ano após o lançamento do The Fashion ReModel na Cúpula Global de Moda, a Fundação Ellen MacArthur lançou “Escalando modelos de negócios circulares: um guia para líderes da moda”, que visa equipar os líderes da moda com insights e ferramentas para incorporar modelos de negócios circulares à estratégia central, criar um argumento comercial atraente e liberar benefícios financeiros e climáticos.

Networking na Cúpula Global de Moda. Créditos: cortesia Agenda Global da Moda

Refiberd é a vencedora do Programa Trailblazer

Pela segunda vez, um vencedor do Programa Trailblazer foi anunciado pela GFA e PDS Ventures, a saber, o detector de material têxtil habilitado para IA baseado nos EUA, Refiberd. Este ano, o programa recebeu mais de 200 inscrições de 44 países em seis continentes - quase o dobro do ano passado. Nove inovadores foram selecionados por um júri intersetorial, incluindo representantes da Ralph Lauren, Fashion for Good, Zalando, Massachusetts Institute of Technology, GFA e PDS Ventures, e apresentados no Fórum de Inovação do GFS.
 

A Refiberd, pré-selecionada na categoria ‘Caminhos de Circuito Fechado’, foi selecionada por sua tecnologia pioneira usando imagens hiper-espectrais e IA para identificar com precisão a composição do material dos têxteis, desbloqueando avanços críticos na reciclagem têxtil, autenticação de revenda e rastreabilidade.
  Como vencedora do Trailblazer, a Refiberd receberá um investimento de até 200 mil dólares da PDS Ventures, aguardando a conclusão bem-sucedida da due diligence financeira e jurídica e a aprovação final do Comitê de Investimento. O prêmio também inclui suporte comercial e operacional estratégico do PDS Group, incluindo assistência de desenvolvimento e comercialização de sua subsidiária focada em inovação, Positive Materials.

“A equipe da Refiberd está emocionada por ter sido selecionada como a vencedora do Programa Trailblazer de 2025. Ter nossa tecnologia reconhecida por tantos membros influentes da indústria da moda e têxtil é uma validação incrível para nossa equipe, e somos muito gratos que os jurados reconheceram a necessidade de dados de materiais mais precisos em toda a cadeia de suprimentos. Esta oportunidade surge em um ponto crítico de crescimento para a Refiberd, e estamos entusiasmados em trabalhar para escalar nossa tecnologia com o apoio do Programa Trailblazer, PDS Ventures e Agenda Global da Moda”, comentou a cofundadora e CEO da Refiberd, Sarika Bajaj.

Roupas descartadas pela indústria: item para exposição de protesto

Uma instalação da Boas e Vnyx em Copenhague. Créditos: cortesia Vnyx

No último dia da Cúpula Global de Moda, o site holandês de moda vintage Boas e a ferramenta de IA de revenda Vnyx literalmente exibiram a roupa suja da indústria pendurando varais cheios de roupas descartadas pela cidade - de pontes à Pequena Sereia. Cada peça trazia uma mensagem como “Vista-me”, “Conserte-me” ou “Doe-me”, chamando a atenção para os bilhões de peças de roupa descartadas ou queimadas a cada ano. 

A campanha teve como objetivo instar os transeuntes a parar, refletir e agir imediatamente sobre seus hábitos de consumo. “Você pode tocar essas roupas, levá-las, cheirá-las - e perceber que a cada segundo, uma caminhão de roupas é jogado fora ou queimado. Mas as soluções são simples e já estão impressas na roupa: usar, consertar, vender, compartilhar e doar”, explicou a cofundadora da Boas, Romy Goedhart.

O caminho a seguir

Olhando para o fato de que Copenhague é uma das cidades europeias mais caras, onde uma noite em um hotel custa tanto quanto um trabalhador do vestuário possui em um mês inteiro, como observou um palestrante, ainda é oportuno realizar a Cúpula Global de Moda aqui, longe dos países em desenvolvimento, onde grande parte dos problemas que precisam ser resolvidos são encontrados? Por que não realizar a próxima edição em Bangladesh, Índia ou Vietnã? Afinal, é a Cúpula Global de Moda, não a Cúpula Europeia da Moda.

Isso também é o que Kalpona Akter, diretora executiva do Centro de Solidariedade dos Trabalhadores de Bangladesh (BCWS na sigla em inglês), mencionou. “As vozes dos trabalhadores são necessárias, mas eles são sempre a peça que falta no quebra-cabeça, a discussão não é centrada no trabalhador”. Veja a proposta Omnibus, por exemplo, apresentada pela presidente da CE, Ursula von der Leyen, no início deste ano e enquadrada como uma simplificação das principais leis da UE. “Havia esperança”, disse Akter, em vista de leis de sustentabilidade como a Diretiva de Devida Diligência de Sustentabilidade Corporativa (CSDDD na sigla em inglês), “todas as coisas boas estavam chegando para os trabalhadores, mas o projeto de lei Omnibus está arruinando o espetáculo em nome da simplificação”. “Ou se tem um bom acordo ou nenhum acordo”, acrescenta. “Esta diretiva sem força que protege mais as empresas do que os trabalhadores não funcionará.”

Kalpona Akter, diretora executiva do Centro de Solidariedade dos Trabalhadores de Bangladesh. Créditos: cortesia Agenda Global da Moda

Akerele, que também é fundadora e CEO da Style House Files, ecoa esse sentimento. “Então, 2030 pode parecer ótimo, mas para mim, parece realmente assustador se continuarmos nesse ritmo. Acho importante que tenhamos conseguido reunir as pessoas que tomam a decisão na sala, o que inclui aquelas que fazem as roupas, não apenas os figurões de terno e gravata. Então, se estamos olhando para 2030, temos que repensar os volumes de produção, temos que repensar os padrões de consumo. … Devo reconhecer que há sinais de progresso; nem tudo é pessimismo, mas é importante termos em mente que, se as coisas continuarem como estão, uma abordagem aparentemente simbólica para a resolução de problemas, 2030 não será muito bom”, adverte Akerele.

Ou como Marchionni colocou, “sustentabilidade é uma maratona, não uma corrida de velocidade. É uma longa jornada de estradas sinuosas e terrenos difíceis. Se houver um obstáculo, você não apenas dá meia-volta, mas o enfrenta”. E isso é bom ter em mente ao enfrentar o futuro.

Este artigo foi traduzido para português com o auxílio de uma ferramenta de IA.

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