Exportação de calçados gerou 1,3 bilhão de dólares em 2022
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Foto: Ian Taylor/Unsplash
A Abicalçados - Associação Brasileira das Indústrias de Calçados divulgou os dados de exportação do ano de 2022. Segundo a entidade contabilizou, o ano rendeu 1,3 bilhão de dólares em divisas, o equivalente a 141,9 milhão de pares exportados. Em relação ao ano anterior, os dados revelam que houve um incremento de 14,8 por cento em volume e 45,5 percentuais em receita.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca no release de divulgação que as exportações foram fundamentais para que a produção do setor registrasse aumento de cerca de 3 por cento ao longo do ano passado, para mais de 840 milhões de pares. “No ano de 2022, as exportações representaram quase 17 por cento das vendas do setor, número que era de 15 percentuais no ano anterior”, avalia o executivo. De acordo com Ferreira, o valor gerado com os embarques de calçados brasileiros foi o melhor em 12 anos. “É algo a ser comemorado. O desafio, agora, é manter esses números diante de um 2023 que aparece mais complicado no cenário internacional, com o aumento da inflação mundial, provocada pela guerra no Leste Europeu, e pelo retorno de uma China faminta ao mercado após as restrições da política de Covid Zero”, justifica o executivo.
Foto: Eric Prouzet/Unsplash
EUA, Argentina e França
Principal destino do calçado brasileiro no exterior, os Estados Unidos importaram 17,84 milhões de pares no último ano, gerando 334,6 milhões de dólares em divisas para os calçadistas brasileiros. Os resultados são superiores tanto em volume (mais 17,7 por cento) quanto em receita (mais 46,4 percentuais) em relação a 2021.
O segundo destino do calçado brasileiro no ano passado foi a Argentina, para onde partiram 15,9 milhões de pares por 179,4 milhões de dólares, incrementos de 19 por cento em volume e de 55,8 percentuais em receita na relação com 2021.
O terceiro destino dos pares fabricados no Brasil no ano passado foi a França, que importou 6 milhões de pares por 65,36 milhões de dólares, queda de 15,8 por cento em volume e aumento de 8,6 percentuais em receita na relação com 2021.
Foto: Rinson Chory/Unsplash
Rio Grande do Sul, Ceará, São Paulo e Minas Gerais
Segundo os dados compilados pela entidade o maior exportador de calçados do Brasil em 2022 foi o Rio Grande do Sul. No ano passado, as fábricas gaúchas embarcaram 42,8 milhões de pares, que geraram 616,37 milhões de dólares, resultados superiores tanto em volume (representando aumento de 30,7 por cento) quanto em valores (mais 52,6 percentuais) em relação a 2021.
O segundo estado exportador de calçados no ano passado foi o Ceará, de onde partiram 40 milhões de pares, que geraram 266,9 milhões de dólares, significando um incremento de 5 por cento em volume e 27 percentuais em receita em relação ao ano anterior.
Fechando o ranking de origens das exportações brasileiras apareceram São Paulo (10,6 milhões de pares e 138,4 milhões de dólares, altas de 27,3 por cento e 46,3 percentuais, respectivamente, ante 2021) e Minas Gerais (13,5 milhões de pares e 81,48 milhões de dólares, incrementos de 27 por cento e 59,6 percentuais, respectivamente, ante 2021).
Importações em alta
Em 2022, as importações de calçados também tiveram alta. Entraram no Brasil 25,8 milhões de pares por 367 milhões de dólares, incrementos 13,7 por cento e 28 percentuais, respectivamente, ante 2021. As principais origens seguiram sendo os países asiáticos (Vietnã, Indonésia e China, que juntos responderam por mais de 80 por cento das importações).
Quem mais exportou calçados para o Brasil em 2022, em pares, foi a China, que embarcou para cá 10,4 milhões de pares por 49,35 milhões de dólares, altas de 5,6 por cento e 34,6 percentuais, respectivamente, ante 2021. A segunda origem das importações foi o Vietnã, de onde foram importados 8,22 milhões de pares por 175,43 milhões de dólares, incrementos de 6,2 por cento e 17,3 percentuais, respectivamente, em relação ao ano anterior. Completando o ranking apareceu a Indonésia, que enviou para o Brasil 3 milhões de pares por 61,5 milhões de dólares, altas de 5 por cento e 25 percentuais, respectivamente, no comparativo com o ano de 2021.
Em componentes - cabedais, saltos, solados, palmilhas etc - as importações somaram 30,3 milhões de dólares, 26 por cento mais do que em 2021. As principais origens foram a China, seguida por Vietnã e Paraguai.