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Exportações de calçados caíram 6,6 por cento de janeiro a agosto de 2023

By Marta De Divitiis

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Negócios

Credits: cortesia Abicalçados

De acordo com a Abicalçados - Associação Brasileira das Indústrias de Calçados - entre janeiro e agosto, as exportações do setor somaram 82,28 milhões de pares, que geraram 823,15 milhões de dólares, com quedas de 15,7 por cento em volume e de 6,6 percentuais em receita quando comparados com o mesmo período do ano passado. Somente no mês de agosto, as exportações foram de 9,34 milhões de pares que renderam 95,6 milhões de dólares, apontando quedas de 12,8 por cento em volume e de 18,6 por cento em valores em relação ao mesmo mês de 2022.

O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, destaca que o desaquecimento da economia internacional, somado às altas taxas de juros e arrefecimento da demanda em países importantes para o calçado brasileiro, como os Estados Unidos, tem impacto direto nos índices. “Esperamos alguma melhora nos últimos meses do ano, mas mesmo assim devemos fechar 2023 com índices entre 6,7 e 9,1 por cento inferiores aos registrados em 2022 (em pares)”, projeta o executivo no release de divulgação, ressaltando que, mesmo com o resultado, os índices ficarão acima dos registrados na pré-pandemia, em 2019.

Mesmo com as alterações que o BCRA - Banco Central da República Argentina, realizou para pagamento de importações, causando atrasos de até seis meses nos pagamentos, a Argentina continua como o principal destino do calçado brasileiro no exterior. Entre janeiro e agosto, foram embarcados para lá 10,76 milhões de pares por 168 milhões de dólares, sendo 8,1 por cento a menos em volume e incremento de 32 percentuais em receita no comparativo com o mesmo período do ano passado. “A Argentina, apesar da crise econômica interna e das mudanças no acesso ao mercado de câmbio, que vem prejudicando nossas exportações para lá, é um mercado cativo para o nosso calçado”, avalia Ferreira no informe.

Os Estados Unidos, segundo destino do calçado brasileiro no exterior, também vem sendo afetado pela queda na demanda e juros históricos, o que tem impactado as exportações dos calçados brasileiros para lá. Entre janeiro e agosto, foram enviados para os Estados Unidos 7,34 milhões de pares por 161 milhões de dólares, representando quedas de 48,8 percentuais em volume e de 34,6 por cento em receita no comparativo com o mesmo período do ano passado.

O terceiro destino dos oito meses do ano foi a França. Entre janeiro e agosto, foram embarcados para lá 2,1 milhões de pares por 39,1 milhões de dólares, queda de 58,7 por cento em volume e de 10,5 por cento em receita em relação ao mesmo ínterim de 2022.

Credits: cortesia Abicalçados

Rio Grande do Sul e Ceará são os estados que mais exportaram

O Rio Grande do Sul segue sendo o principal exportador de calçados no Brasil. Entre janeiro e agosto, as fábricas gaúchas embarcaram 24,63 milhões por 378,7 milhões de dólares, o que representa quedas de 15,5 por cento em volume e de 8,5 percentuais em receita no comparativo com o mesmo intervalo do ano passado.

O segundo maior exportador do período foi o Ceará, de onde partiram 24,9 milhões de pares por 184,96 milhões de dólares, o que significa queda de 12,8 por cento em volume e incremento de 1,6 percentuais em receita na relação com os oito primeiros meses de 2022.

Na sequência, entre os estados exportadores, apareceram São Paulo (5,33 milhões de pares e 77 milhões de dólares, quedas de 24,4 por cento e de 14,6 percentuais, respectivamente) e Bahia (2,87 milhões de pares e 58,9 milhões de dólares, representando decréscimo de 7,8 percentuais em volume e incremento de 27,7 por cento em relação ao mesmo período de 2022).

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