Exportações de calçados geram 1,2 bilhão de dólares até novembro
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Andi Li/Unsplash
Segundo dados da Secex - Secretaria de Comércio Exterior, elaborados pela Abicalçados - Associação Brasileira das Indústrias de Calçados apontam que, entre janeiro e novembro, as exportações do setor somaram 129,2 milhões de pares e geraram 1,2 bilhão de dólares, altas de 16,7 por cento em volume e de 49 percentuais em receita em relação ao mesmo período do ano passado. Somente no mês de novembro, foram embarcados 10 milhões de pares, que geraram 95,5 milhões de dólares, queda de 13,4 percentuais em pares e incremento de 2,5 por cento em receita no comparativo com o mesmo mês de 2021.
De acordo com o presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, os três últimos meses refletem a desaceleração do cenário internacional - redução do poder de compra dos consumidores e os efeitos da reinserção gradual da China no mercado, mas mesmo assim os dados ainda apontam para uma performance positiva e acima da registrada pela Indústria de Transformação brasileira. “O crescimento do PIB mundial para 2022, previsto inicialmente para alcançar 4,4 por cento, foi revisto para 3,2 percentuais. Ainda assim, as exportações brasileiras de calçados têm mantido sua recuperação de preço médio, agregando valor à pauta exportadora”, avalia o executivo no release de divulgação, ressaltando que nos 11 primeiros meses do ano o preço médio dos calçados exportados situou-se 9,2 por cento acima do nível prévio à pandemia.
Os Estados Unidos é nosso principal consumidor e um dos responsáveis pela desaceleração internacional do setor. “As importações do mercado vinham crescendo acima da resposta do varejo norte americano ao longo do ano. O ajuste que percebemos nos últimos meses é reflexo da menor demanda local”, explica Ferreira, explicando que em novembro as exportações para lá registraram uma queda de 44,4 por cento, em volume, em relação ao mesmo correspondente de 2021. Entre janeiro e novembro, foram embarcados para os Estados Unidos 16,8 milhões de pares, que geraram 310,8 milhões de dólares, incrementos tanto em volume (+24 por cento) quanto em receita (+52 percentuais) em relação ao mesmo período do ano passado.
O segundo destino do calçado brasileiro no exterior foi a Argentina. Entre janeiro e novembro, a importação foi de 15 milhões de pares, pelos quais foram pagos 168,7 milhões de dólares, altas de 28,3 por cento em volume e de 67,2 percentuais em receita na relação com o mesmo período de 2021.
O terceiro maior importador dos 11 meses foi a França, para onde foram embarcados 5,83 milhões de pares por 59,47 milhões de dólares, queda de 17,7 por cento em volume e incremento de 5 percentuais em valores na relação com o mesmo intervalo do ano passado.
RS responde por quase metade da receita
Com 566,9 milhões de dólares gerados nos 11 primeiros meses do ano, o Rio Grande do Sul é o maior exportador de calçados do Brasil. Somando o embarque de 39,67 milhões de pares no período, o Estado está com índices superiores tanto em volume (+34,3 por cento) quanto em receita (+55,8 percentuais) na relação com o mesmo período de 2021.
O segundo maior exportador de calçados do Brasil é o Ceará. Entre janeiro e novembro, partiram das fábricas cearenses 37 milhões de pares, que geraram 244,4 milhões de dólares, incrementos de 13 por cento em volume e de 33 percentuais em receita na relação com o período correspondente do ano passado.
O terceiro estado exportador de calçados no ranking nacional é São Paulo. De janeiro a novembro, as exportações paulistas somaram 10 milhões de pares e 129,47 milhões de dólares, altas tanto em volume (+33,3 por cento) quanto em receita (+51,7 percentuais) em relação ao mesmo período de 2021.
Por fim, entre os maiores exportadores de calçados no país, Minas Gerais soma o embarque de 11,9 milhões por 75 milhões de dólares nos 11 meses de 2022. Os resultados são superiores tanto em pares (+23,4 por cento) quanto em receita (+66,3 percentuais) em relação ao mesmo intervalo do ano passado.