Hermès continua sua progressão com vendas em alta de 5 por cento no terceiro trimestre

O grupo francês de luxo Hermès publicou na quarta-feira (22) um faturamento em alta de 5 por cento, de 3,9 bilhões de euros, imperturbável apesar de um contexto menos favorável ao setor de luxo há vários trimestres.

Futuro otimista

A fabricante dos lenços de seda e das famosas bolsas Kelly e Birkin permanece otimista para o futuro, confirmando seu objetivo "ambicioso" de crescimento de suas vendas "a médio prazo", e isso "apesar das incertezas econômicas, geopolíticas e monetárias no mundo".

As vendas da fabricante de artigos de couro e selaria certamente sofreram, como as de seus concorrentes, com taxas de câmbio pouco favoráveis. Mas se desconsiderarmos esses efeitos cambiais, elas crescem 10 por cento, segundo o comunicado do grupo. Nos nove primeiros meses do ano, o faturamento registrou alta de 6,3 por cento, para 11,9 bilhões de euros.

Para suceder a estilista Véronique Nichanian, que trabalhou por 37 anos para a Hermès no comando das coleções de prêt-à-porter masculino, o grupo havia anunciado na terça-feira a contratação da britânica Grace Wales Bonner, na casa dos trinta anos. Véronique Nichanian apresentará sua última coleção em janeiro. "Uma coleção será então preparada pelos estúdios" antes do primeiro desfile de Grace Wales Bonner em janeiro de 2027, segundo o diretor geral de Finanças, Éric du Halgouët.

A alta-costura da Hermès "em preparação"

Quanto ao projeto de entrar na alta-costura, ele "não se concretizará antes de 2027, no mínimo", mas está de fato "em preparação", declarou ele na quarta-feira, durante uma conversa com a imprensa. As vendas no terceiro trimestre de 2025 foram mais dinâmicas que no segundo trimestre "na Europa, na América e na Ásia", impulsionadas especialmente pela "fidelidade da clientela local" asiática. Na Ásia, a Hermès renovou e expandiu várias lojas.

As vendas na região das Américas também vão bem, com alta de 7,2 por cento, para 714 milhões de euros, assim como na Europa (+8,3 por cento). Na própria França, o crescimento é ainda mais forte (+10,4 por cento). A divisão de artigos de couro e selaria, principal negócio da Hermès, permanece sólida, graças especialmente a uma "forte demanda pelos produtos icônicos" como as bolsas Birkin ou Kelly, mas também pelas "novas coleções".

Em 2025, a Hermès investe mais de um bilhão de euros, destacou o diretor geral de Finanças, Éric du Halgouët. Uma 25ª fábrica de artigos de couro abriu este ano na França, em Charente, e a Hermès planeja abrir outras três no país nos próximos três anos.