Inditex tem leve queda nas Américas e na Ásia - Zara estagnando vendas e queda de Massimo Dutti

Madri – A Inditex, multinacional espanhola de moda proprietária de um portfólio de marcas que inclui nomes como Zara, Bershka, Stradivarius e Massimo Dutti, divulgou os resultados registrados durante o primeiro semestre do seu atual exercício fiscal de 2025. Período de seis meses, encerrado em 31 de julho, que a companhia fechou com crescimento reduzido de vendas e lucros, perdendo influência global.

Com base nas informações fornecidas pela diretoria da multinacional espanhola, a Inditex encerrou o primeiro semestre do seu exercício de 2025 registrando vendas líquidas totais no valor de 18,357 bilhões de euros. Um valor que representa um crescimento de +1,61 por cento em relação às vendas de 18,065 bilhões de euros registradas no mesmo período do ano anterior, bem como um aumento de +43,19 por cento em relação aos 12,820 bilhões de euros faturados no primeiro semestre de 2019, último ano a se encerrar sem os efeitos da pandemia de coronavírus.

Enquanto isso, em termos de rentabilidade, a companhia encerrou o primeiro semestre do exercício com um lucro líquido de 2,791 bilhões de euros. Um valor que representa um aumento de apenas +0,46 por cento em relação aos 2,778 bilhões de euros de lucro do mesmo período de 2024, mas um aumento de +79,72 por cento em relação ao lucro de 1,553 bilhão de euros gerado na primeira metade do exercício de 2019.

“Alcançamos um sólido desempenho neste primeiro semestre do exercício de 2025, com vendas satisfatórias em um ambiente de mercado complexo e mantendo níveis sólidos de rentabilidade”, afirmou Óscar García Maceiras, CEO da Inditex, em declarações compartilhadas pela própria diretoria da multinacional espanhola de moda. “A execução eficiente de nossas equipes demonstra a solidez do modelo de negócios da Inditex”, acrescentou.

Estagnação das vendas da Zara e quedas no faturamento da Massimo Dutti, nas Américas e na Ásia

Aprofundando esses resultados, eles se baseiam, em primeiro lugar, nas vendas do primeiro trimestre, de 8,274 bilhões de euros (+1,52 por cento), que foram complementadas pelas vendas registradas no segundo trimestre, de cerca de 10,083 bilhões de euros (+1,69 por cento).

Quanto à origem desse faturamento, por rede, e para o primeiro semestre de 2025 como um todo, a Zara estagnou suas vendas, que cresceram ligeiramente para 13,15 bilhões de euros (+0,89 por cento). O faturamento da empresa foi complementado pelas vendas da Stradivarius, de 1,327 bilhão de euros (+5,73 por cento); da Bershka, de 1,438 bilhão de euros (+4 por cento); da Pull&Bear, de 1,158 bilhão de euros (+3 por cento); pelas da Massimo Dutti, que caíram para 895 milhões de euros (-0,99 por cento); e pelas da Oysho, de 389 milhões de euros (+5,7 por cento).

Por regiões, a Inditex conseguiu manter seu faturamento graças à Europa, onde seu faturamento cresceu para cerca de 9,307 bilhões de euros (+3,24 por cento), sem contar a Espanha, onde a empresa continua crescendo, com vendas que subiram para cerca de 2,845 bilhões de euros (+7,14 por cento). Em contrapartida, a companhia perdeu influência e participação fora do mercado europeu, com a região das Américas, onde o faturamento caiu para cerca de 3,267 bilhões de euros (-3,78 por cento); e a região da Ásia e demais mercados internacionais, onde as vendas também caíram, para cerca de 2,937 bilhões de euros (-2,05 por cento).

Perspectivas e abertura do segundo semestre

Como última atualização do seu desempenho no mercado, a Inditex informa que as primeiras vendas das coleções de Outono/Inverno 2025/2026, entre 1º de agosto e 8 de setembro, registraram um crescimento de +9 por cento em relação ao mesmo período de 2024.

Para o fechamento do exercício, a empresa prevê um impacto cambial de -4 por cento, uma margem bruta estável de mais ou menos 50 pontos básicos e que o crescimento da área bruta anual de vendas fique em torno de +5 por cento, com uma área líquida positiva em relação ao ano anterior.