Kidy – de calçados infantis – relata crescimento de vendas exponencial
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A calçadista Kidy, produtora de calçados infantis de Birigui, interior de São Paulo, reporta que teve o melhor resultado de vendas para o Dia das Crianças dos últimos cinco anos. Conforme a empresa, o crescimento consolidado no terceiro trimestre, período em que são encomendados os produtos para abastecer o varejo na data festiva dos pequenos e pequenas, foi de 36 por cento em faturamento. Com o resultado, a empresa espera chegar ao final de 2024 com um incremento de mais de 15 percentuais nos resultados.
O gerente comercial nacional da Kidy, Rafael Menezes, destaca que a empresa, mesmo diante dos desafios de um mercado ainda instável e com cenário econômico incerto, sempre confiou nos bons resultados. Veja abaixo a entrevista exclusiva que ele concedeu ao FashionUnited Brasil.
FashionUnited: como foram as vendas do Dia das Crianças de 2024 em relação à 2023?
As vendas das encomendas para abastecimento do varejo para o Dia das Crianças foram as melhores em cinco anos. Acreditamos que estamos colhendo resultados de uma trajetória de credibilidade e confiança traduzidas em produtos que unem qualidade, conforto e cuidado com os pés dos pequenos e pequenas. Em termos percentuais, o crescimento foi mais de 36 por cento no terceiro trimestre (em relação ao mesmo período de 2023), quando são realizadas as vendas do Dia das Crianças na indústria. Para o fechamento de 2024, acreditamos em um incremento na faixa de 15 percentuais em faturamento, o que significa três vezes o crescimento projetado para a média do setor calçadista brasileiro no ano, conforme a Abicalçados – Associação Brasileira das Indústrias de Calçados.
Quais as estratégias utilizadas para obter esse aumento?
A estratégia da Kidy sempre foi muito clara nesses mais de 30 anos. Foi ter como propósito do negócio aliar ludicidade com o cuidado com as crianças, garantindo um crescimento saudável. Atualmente, temos 11 tecnologias exclusivas aplicadas nas mais de 30 linhas certificadas pelo IBTeC – Instituto Brasileiro de Tecnologia do Couro e do Calçado, sendo que, entre elas, destacamos as linhas RESPI-Tec, que mantém a temperatura dos pés, a Equilíbrio, que reduz em até 30 por cento a queda dos bebês nos seus primeiros anos de vida. Aliamos o nosso propósito com inovação e tecnologia, o que tem cativado o mercado ao longo dessas mais de três décadas de atuação. Além dessa questão, que está no nosso DNA, estamos trabalhando pesado com foco no ganho de produtividade e reposicionamento de custos e preços, com investimentos voltados para pesquisas e desenvolvimentos que aprimorem ainda mais os nossos pilares de saúde e conforto.
Quais as expectativas para o ano de 2025?
Para 2025, as projeções seguem otimistas, com crescimento de vendas, produção e faturamento. Ainda não temos o dado percentual, pois estamos trabalhando no planejamento do ano, mas podemos adiantar que iremos ampliar nossa carteira de clientes no Brasil. Internacionalmente, queremos também fortalecer a presença em países do Oriente Médio e Europa, o que se dará pelo contato mais intenso com os “players” locais, tanto de forma direta quanto em feiras e ações internacionais.
Quanto à exportação, há previsão de aumento de volume?
Atualmente, exportamos cerca de 15 por cento do total produzido, de 3,5 milhões de pares por ano. O objetivo é aumentar gradualmente essa fatia, assim como a pulverização dos nossos produtos, que hoje são embarcados para aproximadamente 50 países. Em 2025, queremos chegar a 20 percentuais do faturamento proveniente da exportação.
Ainda falando de exportação: a China representa uma concorrência forte com a Kidy?
A China é uma ameaça para qualquer segmento econômico industrial, não somente do Brasil, mas do mundo. Notamos uma verdadeira inundação de calçados baratos e de baixa qualidade em destinos importantes do nosso produto no mercado externo e também no varejo doméstico, agora com presença impulsionada pelo crescimento das plataformas digitais.
Como a Kidy vê o mercado de calçados infantis no Brasil?
O mercado doméstico no Brasil, em linhas gerais, é gigantesco. Mais de 85 por cento de tudo o que é produzido pelas fábricas brasileiras de calçados fica aqui. É um mercado competitivo, de concorrência forte e, por vezes até desleal, mas que oferece grandes oportunidades. Poucos países, no mundo, possuem um mercado interno tão potente quanto o nosso. É preciso trabalhar sério e com excelência que os bons resultados aparecem.
A Kidy conta com produção de mais de 3,5 milhões de pares de calçados infantis por ano, tem plantas produtivas em Birigui e em Três Lagoas (MS), nas quais emprega, diretamente, cerca de 1,2 mil pessoas.