Marisa reformula novamente quadro executivo do conselho de administração

Por meio de fato relevante enviado na noite de ontem (16) a Marisa avisou aos acionistas e mercado uma reformulação dentro de seu quadro de executivos do conselho de administração, para “aprimoramento de seu modelo de negócios”, de acordo com a nota. Essa é a segunda vez que há mudanças no quadro na última semana. Dia 12 a companhia já havia anunciado que Alberto Khon de Penhas, vice-presidente comercial havia assumido a presidência interinamente e havia eleito mais dois membros independentes do conselho, frente à renúncia de Marcelo Doll Martinelli e Dilson Batista dos Santos Filho.

João Pinheiro Nogueira Batista (que dia 12 foi anunciado como novo presidente do conselho) passou a diretor presidente e diretor das relações com investidores. Já Luis Paulo Rosemberg, que tinha sido eleito membro independente do conselho de administração, agora assume interinamente o cargo de presidente do mesmo conselho. " João Nogueira Pinheiro Batista permanece como membro do conselho de administração”, continua o informe.

"Diante da importância dos relacionamentos comerciais e operacionais da Companhia, o novo diretor presidente está definindo, em conjunto com Alberto Kohn de Penhas, a forma de sua colaboração com a Companhia uma vez que Alberto Kohn de Penhas deixa nesta data o cargo de diretor presidente interino”, justifica a nota.

De acordo com o fato relevante, Roberta Ribeiro Leal foi eleita para a ocupar o cargo de diretora financeira, tendo sido aceita a renúncia de Renê Santiago dos Santos (antes diretor financeiro e administrativo e de relações com investidores).

Roberta é graduada em Administração com Comércio Exterior pela UMESP - Universidade Metodista de S. Paulo - com extensão em finanças pela University of Liverpool e MBA em Gestão Financeira e Mercado de Capitais pela FGV - Fundação Getúlio Vargas. "Com 15 anos de experiência no mercado financeiro, atuou com diretora de finanças e tesouraria com passagem por empresas como Pirelli Pneus, Embraer, Açúcar Guarani, CHS Agro, Paranapanema e Azul Linhas Aéreas", diz o informe.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a Marisa tem uma dívida líquida de 566 milhões de reais (dado de setembro de 2022), está com dificuldades em reter altos executivos, sendo que suas ações caíram 42 por cento em fevereiro frente à noticia que necessita realizar uma reestruturação de suas dívidas. O problema do desfalque das lojas Americanas teve como consequência a maior cautela dos bancos em relação às concessões de crédito, necessários para girar os negócios do segmento.