Produção de calçados cresce em função da demanda doméstica
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O aumento da necessidade dos consumidores brasileiros por calçados impulsionou a produção da indústria do setor em 2024. Segundo a Abicalçados - Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, com base nos índices do IBGE, no ano passado, a produção cresceu 3,5% no comparativo com 2023. No total, foram produzidos 896,8 milhões de pares de calçados, dos quais 97,4 milhões destinados à exportação.
O presidente-executivo da Abicalçados, Haroldo Ferreira, explica que o crescimento na produção poderia ter sido ainda maior, caso não fosse a “invasão” de calçados importados, especialmente da Ásia. No ano passado, as importações cresceram 26% em relação a 2023. Aproximadamente 90% das importações são de calçados produzidos na Ásia, com destaque para Vietnã, China e Indonésia. “Hoje, mais de 85% da nossa produção é absorvida pelo mercado interno, que estava aquecido ao longo de 2024, com um crescimento no consumo aparente de 7,7%. No entanto, boa parte desse bom momento interno foi abocanhado pelos importados”, comenta Ferreira no release de divulgação.
Otimismo prevalece quanto a 2025
Os 896,8 milhões de pares quase atingiram o volume registrado na pré-pandemia de Covid, em 2019 quando foram produzidos 898,8 milhões de pares, 0,2% mais do que em 2024. Para 2025, mesmo diante de um cenário ainda nebuloso, especialmente no mercado externo, possivelmente o setor recupere as perdas ocasionados pela crise internacional da pandemia. “Em 2025, temos um ano desafiador, mas estamos otimistas. Em maio, com a BFSHOW, feira de calçados em São Paulo, teremos o termômetro mais exato do comportamento do mercado”, projeta Ferreira no mesmo informativo.
- A produção de calçados no Brasil cresceu 3,5% em 2024, atingindo 896,8 milhões de pares, impulsionada pelo aumento da demanda interna.
- As importações de calçados, principalmente da Ásia, cresceram 26% em 2024, afetando o crescimento da produção nacional.
- Apesar dos desafios, o setor se mostra otimista para 2025, esperando recuperar as perdas da pandemia e projeta um ano desafiador, mas com expectativas positivas.