Região da 44 em Goiânia (GO) movimentou 14 bilhões de reais em 2023
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A assessoria de imprensa da AER 44 - Associação Empresarial da Região da 44 - polo de comércio popular em Goiânia (GO) divulgou ontem (3) os dados do balanço anual que a entidade coletou nas lojas das galerias e shoppings. O levantamento revela que região recebeu mais de 15 milhões de visitantes em 2023 e se consolidou como destino turístico. Segundo os dados a região de compras registrou uma movimentação financeira no ano de 2023 de 14 bilhões de reais, comercializando 280 milhões de peças de roupas, oriundas, em sua maior parte, de 30 municípios goianos produtores.
Um dado interessante é que pela primeira vez, metade do volume de vendas (atacado e varejo) feitas na região foi efetivada de forma online, seja por intermédio do WhatsApp, redes sociais ou outras formas digitais de comércio.
Sobre o comparativo com o ano de 2022, o presidente da AER44, Lauro Naves, afirma que houve uma estabilidade, tanto no volume de vendas quanto na quantidade de turistas recebidos, sem variação significativa entre um ano e outro. “O que percebemos como mudanças importantes neste levantamento que fizemos é o crescimento das vendas online, especialmente para as compras de atacado, uma tendência que vinha crescendo ano após ano e que impulsionou muito após a pandemia; e o avanço do varejo, que em 2023 cresceu 30 por cento e representou 13 percentuais do faturamento do nosso polo”, explica o líder empresarial no release de divulgação.
Região se consolida como polo de turismo de compras
Lauro afirma também que esse crescimento das compras do varejo e atacarejo (modelo de negócio que reúne características do varejo e do atacado em locais com fluxo de atendimento para os dois formatos) reflete a consolidação da Região da 44 como um polo de turismo de compras. “No ano de 2023, com apoio da grande maioria de galerias e shoppings, passamos a funcionar em praticamente todos os feriados prolongados do ano, visando receber justamente este cliente que é o turista de compras, muitas vezes aquele turista em trânsito, que vai para Caldas Novas, Rio Quente, Pirenópolis, Trindade ou algum outro destino conhecido do nosso estado e passa pela 44”, detalha Naves no mesmo informe.
O líder empresarial afirma que essa consolidação da Região da 44 em um dos mais importantes pontos turísticos de Goiás vai ao encontro com o amplo projeto de revitalização pela qual a Região passará no primeiro semestre de 2024. “Já temos um projeto pronto e verba garantida para a instalação de nove grandes pórticos na região, implantação de placas bilíngues nas principais entradas da capital, teremos também um moderno sistema de câmeras de monitoramento para reforçar ainda mais a segurança na nossa região. Há ainda a expectativa de construção de uma creche para atender as empreendedoras e trabalhadoras da 44”, elenca Naves, ao falar do projeto de revitalização da região, que será realizado por meio da Seinfra - Secretaria de Estado da Infraestrutura.
Sudeste lidera o ranking de visitantes
Os dados levantados sobre o ano de 2023 apontam que o Sudeste do País continua sendo a origem principal dos compradores que visitam o polo confeccionista, com 35 por cento dos visitantes, seguido do Centro-Oeste, de onde vieram 32 percentuais dos compradores que passaram pelo polo confeccionista; depois a região Nordeste, que foi a origem de 15 por cento dos turistas de compras; e o Norte e Sul do país, de onde vieram, respectivamente, 10 e 8 percentuais, dos turistas que a região recebeu.
Ao longo do último ano, conforme os cálculos da AER44, o polo confeccionista em Goiânia recebeu 4.800 ônibus de turismo, o número de pontos de vendas se manteve praticamente o mesmo, com 15,5 mil lojas; a região também respondeu por 165 mil empregos diretos e, ao final de 2023, foram quatro mil vagas temporárias geradas. “A nossa Região da 44 segue pujante e contribuindo para economia do nosso estado. E isso, mesmo com desafios como a alta inflação dos insumos de confecção que foi registrada em 2023, os juros altos que felizmente começam a cair, e a concorrência desleal com produtos chineses, que não taxados; e também com os ambulantes, que invadem as ruas do nosso polo, com a ausência da fiscalização da prefeitura”, pontua o dirigente, otimista.