Resultados do 4T de 2024 da Lojas Renner geram ruído no mercado e na mídia
loading...
Dia 20 de fevereiro a Lojas Renner apresentou os números de seu quarto trimestre de 2024. A empresa reportou um aumento de vendas de 9,7% neste 4T, com um Lucro líquido de 487,1 milhões de reais (7,5% menos que no mesmo período de 2023) e lucro de 1,19 bilhão de reais no acumulado do ano (22,6 % acima do valor apurado no ano anterior). As vendas tiveram um crescimento anual de 8,2%, totalizando 12,7 bilhões de reais, impulsionado por maior volume e número de transações. Apesar de indicadores ficarem alinhados com as projeções a varejista teve suas ações em queda de aproximadamente 10%, no dia seguinte (sexta-feira, dia 21).
O Ebitda ajustado (lucro operacional + depreciação + amortização) foi de 1.024,6 bilhão de reais, ante 1.007,7 bilhão de reais do ano de 2023 (crescimento de 1,7 %). “O Ebitda Total Ajustado cresceu, em função da melhor alavancagem operacional do varejo e do segmento de crédito. Lembrando que a não comparabilidade em Outros Resultados Operacionais (Programa de Participação nos Resultados e Recuperação de Créditos Fiscais) impactou a comparação entre os períodos. Em bases comparáveis, para melhor avaliação do desempenho operacional, este resultado aumentou 19,0%, com Margem 2,1 p.p superior,” a companhia informa no release de divulgação.
Recompra de ações
O CEO Fabio Faccio enfatizou: "Nosso ciclo de investimentos concluído em 2024 fortalece nossa posição competitiva para crescimento acelerado e rentabilidade, como refletido em nossos resultados operacionais do quarto trimestre."
Em resposta, o conselho da empresa aprovou um programa de recompra de ações de até 75 milhões de ações, aproximadamente 7,13% dos papéis em circulação. Contudo, segundo relatório da Reuters citando analistas do Santander, "o substancial programa de recompra de ações não mitigará significativamente uma potencial venda em massa, à medida que os investidores recalibrem as expectativas para um desafiador 2025."
Faccio, no entanto, sustentou: "acreditamos que o preço atual de nossas ações subestima nosso crescimento demonstrado e potencial futuro. Embora antecipemos desafios externos significativos em 2025, provavelmente impactando o desempenho do setor, estamos ativamente moldando nosso próprio caminho a seguir."
Comunicado ao mercado
Hoje (24) a empresa divulgou um comunicado ao mercado, em resposta às matérias publicadas na mídia, explicando como funciona o PPR - Programa de Participação dos Resultados da Companhia (o qual é disponível aos colaboradores, excluindo os Administradores), e os critérios que embasaram a sua apuração no exercício social de 2024.
De acordo com o informe “o PPR no valor total de 150,7 milhões de reais, em 2024, será distribuído entre cerca de 21 mil colaboradores da Companhia, excluindo os Administradores, que não são elegíveis ao programa. O modelo estruturado de incentivos, conhecido como PPR, premia os esforços coletivos no alcance de metas pré-estabelecidas e aprovadas pelo Conselho de Administração por recomendação do Comitê de Pessoas e Nomeação. O programa é ativado somente se a Companhia atingir uma meta mínima anual de EBIT (lucros antes de juros ou impostos, na sigla em inglês). As metas do PPR incluem não apenas marcos financeiros, mas também objetivos não financeiros que são essenciais para a criação de valor sustentável a longo prazo da Companhia. O PPR é calculado com base nos resultados anuais e não nos desempenhos trimestrais”.
O comunicado continua: “a Companhia esclarece que, no exercício de 2024, a remuneração variável efetiva dos Administradores foi 11% inferior à aprovada pelos acionistas na Assembleia Geral Ordinária de 18 de abril de 2024, e representou em torno de 1% do Lucro Líquido do período”.
E finaliza, assinado por Daniel Martins dos Santos, diretor administrativo e financeiro e de relações com os investidores: “aos acionistas, em 2024, a Companhia distribuiu e pagou 634 milhões de reais em JCP/dividendos, o que equivale a 53% do lucro líquido do período.