Setor calçadista gera 33 mil postos de trabalho de janeiro a setembro
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O avanço da vacinação no Brasil permite que, aos poucos, haja uma retomada gradual da economia e, no rastro dessa retomada, o setor calçadista do país conseguiu gerar, de janeiro a setembro, 33,1 mil novos postos de trabalho nas fábricas, segundo dados recolhidos pela Abicalçados - Associação Brasileira das Indústrias de Calçados. De acordo com a entidade, no mês de setembro foram acrescidas 9,2 mil vagas, somando no total 280,27 mil empregados diretos, 15,6 por cento mais que no mesmo período de 2020 e já está estável em relação a 2019.
O Rio Grande do Sul, maior empregados do segmento gerou, no acumulado do ano, 8,24 mil vagas. Já o Ceará, segundo estado empregador acumulou entre janeiro e setembro, 3,72 mil postos. A Bahia surpreendeu uma vez que superou os níveis de emprego pré pandemia em 19,3 por cento com saldo de 7,88 mil vagas. São Paulo caiu para quarto maior empregador gerando entre janeiro e setembro 6,88 mil postos, 12,9 por cento abaixo dos níveis pré pandêmicos.
Segmento luta pela manutenção da desoneração da folha de pagamentos
Haroldo Ferreira, presidente-executivo da entidade declara no release de divulgação a importância de se manter em 2022 a desoneração da folha de pagamentos (essa medida permite que 17 setores econômicos possam substituir o pagamento de 20 por cento sobre a folha de salários por 1 a 4,5 por cento da receita bruta, excluindo a exportação. No caso do segmento coureiro-calçadista o pagamento estipulado é de 1,5 por cento da receita) para que essa retomada se reafirme. “A reoneração da folha geraria um custo tributário extra de mais de R$ 1,2 bilhão nos próximos dois anos somente para o setor calçadista. Certamente teria impacto na geração de postos. Seria um balde de água fria na recuperação”, alerta no release de divulgação.
Atualmente, existe um Projeto de Lei (2541/2021) que prevê a renovação da desoneração para os atuais 17 setores econômicos contemplados por serem os que mais empregam no Brasil. A Inteligência de Mercado da Abicalçados aponta que, caso a desoneração da folha não prossiga, podem ser perdidos mais de 25 mil postos de trabalho nos próximos dois anos. O projeto tramita atualmente em caráter conclusivo e aguarda ser analisado pela Comissão de Constituição e Justiça de Cidadania da Câmara de Deputados, já tendo passado pela Comissão de Finanças e Tributação.
Foto: cortesia Abicalçados