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Sinditextil-SP apresenta balanço das empresas paulistas de janeiro a maio de 2020

By Marta De Divitiis

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Negócios

Em coletiva realizada virtualmente nesta quarta-feira dia 15 de julho o presidente do Sinditêxtil-SP Luiz Arthur Pacheco apresentou os resultados das indústrias têxteis e de de vestuário de janeiro a maio de 2020 no Estado de São Paulo.

De acordo com a entidade durante esse período de 2020 a produção têxtil do estado caiu 29,8 por cento enquanto a produção de vestuário teve uma queda de 37,1 percentuais, comparados com o mesmo período de 2019. A disparidade entre ambos aconteceu, segundo Pacheco, porque enquanto os artigos de vestuário foram menos consumidos em função do isolamento social, houve demanda de produtos têxteis para o atendimento das necessidades hospitalares como máscaras, aventais e produtos de cama e banho.

O varejo de vestuário caiu 41,6 por cento em relação ao ano anterior, devido ao fechamento imposto pelo Governo do Estado de São Paulo do comércio não essencial. Os empregos sofreram queda com o fechamento de 17.195 postos de trabalho.

A importação caiu 23,72 por cento e a exportação sofreu queda de 2,92 por cento. A importação de vestuário diminuiu 28,41 por cento e a importação de máquinas e equipamentos ficou 18,67 por cento menor que no mesmo período de 2019.

No chamado mapa de calor, que diz respeito às expectativas do setor, ele acusava boas perspectivas nos três primeiros meses do ano, caindo drasticamente após abril, quando o isolamento social foi imposto em todo o estado

Luiz Arthur Pacheco, presidente do Sinditêxtil-SP

Um quesito interessante apontado pelo executivo mostra a queda de produção das confecções do exterior com a diminuição de 45,76 por cento das exportações de linhas de costura. A importação das fibras têxteis caíram 23,72 por cento e de vestuário 28,41 percentuais em relação ao mesmo período de 2019.

Até maio 67 por cento das empresas estavam com 50 por cento de ociosidade, sendo que 69 por cento delas com até 20 por cento dos colaboradores demitidos. No entanto o presidente identifica que há uma tímida retomada dos têxteis.

Numa pesquisa entre os associados da entidade descobriu-se que 75 por cento das empresas que buscaram créditos bancários não tiveram suas solicitações atendidas. “Essa é uma questão extremamente preocupante uma vez que é uma questão fundamental para as empresas poderem se programar para a retomada,”justificou.

“Obtenção de crédito se torna um cabo de batalha; o governo federal demorou quanto à questão do fundo garantidor mas, periodicamente estamos falando com a Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de S. Paulo - e também buscamos interlocução com os bancos e a própria Febraban - Federação Brasileira de Bancos; tem sido um trabalho diário para que o crédito necessário tenha mais fluidez,” explicou Pacheco.

Outra preocupação diz respeito aos pagamentos de tributos estaduais, uma vez que as empresas estão sofrendo carência de capital de giro e de crédito. Assim o Sinditêxtil-SP tem discutido com o governo estadual alternativas emergenciais.

Planos para a retomada do varejo

A entidade auxiliou no desenvolvimento de protocolos junto ao governo estadual para a retomada do varejo do setor têxtil, de vestuário e calçadista. Ao mesmo tempo lutou, com sucesso, para que a PL 250/20 - de impostos sobre Herança e Doação não fosse aprovada.

Além disso houve por parte do Sinditêxtil-SP a mobilização para a doação de 100 mil máscaras e mil cobertores para o Governo do Estado de São Paulo. O atendimento a comunidades de baixa renda com a doação de tecidos e elásticos para a confecção de máscaras e também de máscaras prontas foi outra iniciativa realizada, assim como a doação de três monitores multiparâmetro para o Hospital de Campanha do Ibirapuera.

De acordo com a entidade os confeccionistas e varejistas contam com boas expectativas na retomada, acreditando que até o fim de 2021 o PIB - Produto Interno Bruto - cresça 3,5 por cento, com aumento de 7 por cento da produção e 9 percentuais de varejo. Até lá espera-se que haja a recuperação dos postos de trabalhos perdidos e mais um acréscimo de 6 mil novos postos.

Fotos: Hannah Morgan, Arturo Rey/Unsplash

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