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Abit traça panorama e expõe expectativas do setor têxtil para 2023

By Marta De Divitiis

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Moda

Foto: Towel Studio/Unsplash

Na última terça-feira, dia 13, o presidente da Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Fernando Pimentel, concedeu uma coletiva online traçando um panorama geral do segmento em 2022 e as expectativas para o próximo ano.

O executivo começou explicando que o Brasil tem e conseguiu preservar sua cadeia produtiva e de distribuição integrada, com capacidade de atendimento à demanda local e pode ser expandida, sendo um ativo que temos. “Isso nos dá uma condição vantajosa para atuarmos de maneira mais assertiva não só no mercado internacional como também uma maior competitividade com os produtos que vem de fora”, justificou.

Dificuldades enfrentadas durante o ano de 2022

“Estamos crescendo as exportações, mas ainda temos um déficit na nossa balança comercial; deveríamos estar exportando no mínimo, o que a gente importa,”disse Pimentel. "2022 tem sido um ano bastante difícil, com o setor amargando números negativos, depois de ter crescido bem no segundo semestre de 2020 e 2021.Os impactos foram muito fortes em questões dos custos prejudicando a capacidade das empresas de suportar esse aumento, mesmo com o aumento dos preços do varejo e uma gestão ultra rígida”, falou. De acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio as vendas de fim de ano atingirão aproximadamente 65 bilhões de reais, porém o crescimento real de 2,3 por cento foi trazido para baixo. Apesar disso o varejo irá fechar no positivo, com 2,4 por cento maior que os 12 meses do ano anterior e o país está gerando empregos - de janeiro a outubro de 2022 o setor têxtil foi responsável por 3 mil novos postos de trabalho e o de confecção 22,4 mil.

Mapa de calor

Neste mapa os empresários respondem por uma série de questões como produção, vendas, investimentos, estoques, expectativas de investimento, inadiplencia, situação da carteira de pedidos em relação ao mês anterior, entre outros, mostrando o humor do mercado. Em dezembro de 2021 as respostas positivas foram de 81 por cento sendo que agora, em dezembro de 2022 a porcentagem despencou para 31 por cento. Em outubro deste ano os números indicavam 88 por cento de respostas positivas, caindo a partir daí (em novembro a porcentagem positiva foi de 63 percentuais).

Foto: Allan Wadsworth/Unsplash

Expectativas para 2023

A produção poderá crescer 0,9 por cento (em 2022 houve queda de 7,5 percentuais); as vendas internas tendem a subir 1,1 por cento (em 2022 foram de 2,2 percentuais); a importação, assim como a exportação poderá subir, mas segundo Pimentel, estarão ambas condicionadas ao que vier em relação à política econômica adotada pelo novo governo. Já a geração de empregos formais, que em 2022 foi de 7.610 tende a ser mais apertada em 2023 com a previsão de 1.500 vagas. “O cenário de 2023 é um cenário conservador à luz do que estamos sentindo em relação às empresas, mas é um cenário que ainda carece de maior nitidez na linha política econômica que será adotada nos diversos ministérios, como da Economia, Indústria e Desenvolvimento,” justificou o executivo.

Para os próximos 4 anos, a partir de 2023 há vários macro temas que terão que ser trabalhados pelo próximo governo, para otimizar a eficiência e crescimento do segmento. Para tanto os temas que mais têm relevância são os de: eficiência do Estado; Ambiente Macroeconômico e Tributação, seguidos de Educação; Infraestrutura e Exportação. Logo depois vêm Financiamento; Relações Internacionais; Relações de Trabalho; Política Industrial e de Inovação; Segurança Jurídica; Produtividade, Sustentabilidade e Previdência.

A seguir Pimentel falou sobre os principais desafios e oportunidades do setor têxtil e de confecção na agenda global. Traçou um panorama das nossas exportações, 60 por cento das quais estão cobertas por acordos comerciais. No caso das importações, apenas 7 percentuais estão cobertas por acordos comerciais.

Na agenda internacional as prioridades do setor têxtil e de confecção são, no setor doméstico, a tributação e facilitação comercial, enquanto que no externo, são barreiras comerciais, negociações de acordos, defesa comercial e o combate ao comércio ilegal.

Entre os caminhos para a renovação da indústria o executivo enfatizou a necessidade de assegurar investimentos públicos e melhores condições para os investimentos privados.

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