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Abit traça um panorama da indústria na pandemia por meio de lives

By Marta De Divitiis

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A Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção - tem realizado toda semana, desde o início da pandemia no Brasil em meados de março, lives com diversas entidades regionais para a discussão e levantamento de problemas comuns. A associação tem atuado bastante buscando soluções para problemas diversos do setor, em interlocuções com frentes parlamentares e o governo federal.

Falando com representantes de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Bahia, Alagoas e Pará, em duas lives na última semana de abril o que ficou claro é que a indústria fashion nesse primeiro momento está se mantendo, mesmo com sua capacidade reduzida por conta do isolamento decretado pelos governos estaduais, produzindo EPIs - Equipamentos de Proteção Individual - máscaras e aventais, além de lençóis para os hospitais públicos.

Entre as demandas relatadas a maior diz respeito ao crédito bancário. Micro, pequenas e médias empresas, que representam a maior parte da indústria estão com dificuldades frente às redes bancárias. Além disso segundo Fernando Pimentel, presidente da Abit, os juros de empréstimo ainda estão muito altos.

Rogério Mascarenhas, da Fiemg - Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais levantou que a ociosidade no estado está por volta de 70 por cento, sendo que a entidade está buscando meios de melhorar esse patamar.

Sidimar Remussi, que falou pelo polo de moda da Serra Gaúcha, constituído por 38 municípios, 1.600 indústrias, 95 por cento micro e pequenas empresas, disse que algumas cidades estão com uma abertura parcial mas que há pouco movimento de clientes. No atacado o consumo caiu drasticamente devido à falta das caravanas com compradores de outros estados.

Hari Hatrtmann do Sindifite - Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem - da Bahia explicou que as empresas estão com 50 por cento dos empregados trabalhando produzindo EPIs e que o comércio de rua, aberto, está com uma visitação bastante tímida.

Em Alagoas Francisco Acioli, do Sindivest - Sindicato das Indústrias de vestuário - conta que o problema maior tem sido o do crédito, uma vez que as empresas são micro e pequenas. Estão produzindo máscaras de proteção e obtiveram do governo do estado, que está sensibilizado com o setor, a retirada da taxa de iluminação pública dessas pequenas empresas.

Rita de Cássia A. Santos do Sindiroupas do Pará declarou que o estado se encontra fechado com o departamento de saúde comprometido totalmente antes mesmo do pico da COVID-19. Os colaboradores estão reticentes quanto à volta ao trabalho e mesmo as empresas que estão fabricando EPIs estão com dificuldades em obter a matéria-prima, que vem das regiões SE e S.

Pimentel concluiu dizendo que a Abit está buscando junto ao governo soluções para todas as questões levantadas e que o otimismo deve prevalecer, mesmo nesse cenário em que o segmento se vê mais empobrecido. “O setor é resiliente!” Complementou, lembrando que há capacidade produtiva e boa vontade por parte de todos.

Foto: Markus Spiske/Unsplash

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