Apiperina - quando a moda se funde à arte
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A artista plástica Adriana Pimenta desenvolve caftans com estampas digitais, originais, na marca própria Apiperina (A de Adriana e piperina que significa o ardor do alcalóide da pimenta). Dona de um estilo único e atemporal, o trabalho começou há aproximadamente 10 anos. “A princípio comecei a fazer impressão sobre telas e uma vez olhei a tela perto do meu corpo, pelo espelho e pensei que poderia vestir o quadro. Daí veio a ideia do caftan”, explica.
Desenvolvidas pelo computador, as estampas começam pela reunião de objetos, algumas com inclusão de 3D. “Misturo técnicas de artes plásticas com logogramas; depois de pronta eu recorto as imagens e as redistribuo, gerando daí uma coleção,” diz a profissional, que se auto intitula artista digital.
Dona de um acervo de arquivos permanentes, Adriana cria também roupas de arquivo único. A explosão de traços e cores é uma das características de sua arte. “Penso na roupa como instrumento de libertação, usada para se expressar; não necessitamos de palavras para contar histórias, desejos e sonhos que se materializam na nossa segunda pele,” conclui.
Moda colecionável e sem gênero
Sem seguir regras, os caftans podem ser usados por todos, sendo sem gênero definido. Atemporais, podem ser vestidos em qualquer situação desde a mais descontraída até as mais formais. A impressão digital não utiliza água, tornando o processo mais sustentável. Recentemente a artista desenvolveu uma peça que pode ser utilizada de várias formas diferentes.
A profissional, que usa o nome Adriana Pimenta como persona, usa as redes sociais para divulgar seu trabalho. O interessante é que por meio de sua conta no Instagram, (Apiperina), por exemplo, é possível acompanhar o processo criativo dela. No site da Apiperina há mais informações. Comercializa os royalties dos arquivos direto para indústrias e os tecidos como arquivos únicos.
Fotos: cortesia Adriana Pimenta