Carioca Carol Rossato traz sua expertise em couro para SP
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A designer Carol Rossato abriu seu primeiro ponto de venda em São Paulo, na Rua Peixoto Gomide, nos Jardins, na quarta-feira 24 de abril. Entretanto, a estilista, expert em "leatherwear", em expansão e prestes a completar 25 anos de carreira, concebeu a coleção que chega no novo local considerando o espaço sideral metalinguagem para a busca do “eu interior”. Essa nova fornada de peças é orgânica, em sintonia com o crescimento individual quando se considera a psiquê um vasto território universal a ser explorado e se leva em conta a natureza do couro e do "chamois", beneficiados por processos cada vez mais verdes, sobretudo no tingimento das cores – um dos pontos fortes da marca.
“A plasticidade visual do couro me fascina e sua atemporalidade enquanto matéria-prima é inegável. É como se, na vastidão do cosmos ou perdidos nos devaneios, estivéssemos alheios à passagem do tempo, permanecendo imersos nos pensamentos a despeito de a vida avançar. Acredito na possibilidade de embarcarmos em uma existência cada vez mais descomplicada, sensorial e fluida, na qual a simplicidade precisa perdurar. Uma boa jaqueta de couro é assim: dura mais que toda a vida, passa naturalmente por gerações”, afirma Carol no release de divulgação.
Na coleção, Carol Rossato brinca com essa proposta de jogos semióticos: o uso de tachinhas de dois tamanhos, em banho ouro velho, remete às constelações (ou ao desenho dos signos zodiacais, que ela enxerga como oráculo do conhecimento interior) e o efeito criado com vieses verticais, em peças dupla-face, codifica as dobras do espaço-tempo. Aliás, a marca aposta em processos de construção que levam em conta a aparência, o toque e o cheiro do couro, com itens que reforçam a beleza dessa matéria por vezes em efeito dupla-face, novidade que prescinde do uso da costura.
Ainda no campo das representações, vemos versões modernizadas da jaqueta perfecto e de parkas, formas derivadas do guarda-roupa do aviador (a inspiração foi a lendária Amélia Eahart -1897 e desaparecida em 1937, durante uma travessia do Atlântico) que, ao lado de macacões, tanto reforçam o aspecto utilitário da estação quanto celebram a poderosa herança imagética da aviadora.
Na cartela de cores seca e pontual, contrastam com o preto as tonalidades terrosas pastel – taupe, almond, off-white e rosé –, além de plum, esmeralda e um azul acinzentado clarinho que a estilista chamou de nuvem.