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COP30: Abit e ABDI assinam acordo para estudo sobre destinação de resíduos têxteis

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Assinatura do acordo entre Abit e ABDI Credits: Fábio Viana/ABDI
By Marta De Divitiis

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Na última terça-feira (11) a Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção assinou um convênio com a ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – na Green Zone da COP30 (espaço aberto ao público em geral, de livre acesso e administrado pelo Governo Brasileiro), em Belém (PA).

O objetivo do acordo é desenvolver estudo inédito sobre a destinação dos resíduos que são gerados ao longo de toda a cadeia produtiva da indústria têxtil brasileira, com a abrangência de etapas como a de tingimento, estamparia, fiação e tecelagem.

O convênio, segundo o site da Abit, foi assinado pelo presidente da Agência, Ricardo Cappelli, e pelo diretor superintendente da Abit, Fernando Pimentel, “busca mapear fluxos, volumes e práticas atuais de destinação de resíduos industriais e pós-consumo do setor. Além disso, pretende suprir lacunas de informação e promover maior integração entre indústria, varejo, recicladores e poder público. As informações levantadas deverão subsidiar a criação de políticas públicas e estratégias empresariais voltadas à economia circular”.

Para Capelli as práticas empresariais responsáveis e o desenvolvimento de negócios sustentáveis serão impulsionadas pelo estudo. Segundo o presidente a necessidade de políticas que garantam a inclusão social e condições dignas para as cooperativas de catadores é essencial. “Hoje, quem mais lucra com o lixo ainda são os intermediários. Os catadores, que realizam o trabalho fundamental, continuam recebendo valores muito baixos. Se não enfrentarmos essa desigualdade, criaremos uma nova indústria sustentável, mas excludente”, afirmou Capelli, que destacou que a Agência investiu 17 milhões de reais em três grandes redes de cooperativas no Distrito Federal, com o intuito de estruturar e capacitar as redes, para que possam negociar diretamente com a indústria, sem atravessadores.

Pimentel, por sua vez, falou que a economia circular deve ser um vetor de competitividade para a indústria têxtil e de confecção. “Temos o desafio de transformar subprodutos industriais em valor. É um tripé: mercado, regulação e tecnologia. A logística é a espinha dorsal dessa transformação”, afirmou o diretor superintendente da Abit no comunicado do site. O executivo citou o ABR - Programa Algodão Brasileiro Responsável, que rastreia o produto, da fazenda ao ponto de venda. “O próximo passo é incorporar materiais reciclados a esse rastreio, agregando ainda mais transparência e sustentabilidade à cadeia têxtil nacional”, acrescentou.

Alinhada à Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010) e à Agenda de Descarbonização da ABDI, a parceria entre a Agência e a Abit reafirma o compromisso do país com a sustentabilidade, a inovação e a competitividade da indústria têxtil e de confecção.

Em resumo
  • A Abit e a ABDI firmaram um convênio na COP30 para desenvolver um estudo inédito sobre a destinação de resíduos na cadeia produtiva têxtil brasileira.
  • O estudo tem como objetivo mapear fluxos, volumes e práticas atuais de resíduos industriais e pós-consumo, visando subsidiar políticas públicas e estratégias empresariais para a economia circular.
  • A parceria busca impulsionar a inclusão social dos catadores e transformar subprodutos industriais em valor, promovendo a competitividade e a sustentabilidade da indústria têxtil e de confecção.
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