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Mirando a COP30 Abrafas divulga agenda sustentável

By Marta De Divitiis

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Parque industrial da brasileira Ecofabril Credits: cortesia Abrafas

Tendo em vista a realização da COP30 – 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima - em Belém (PA), em novembro próximo a Abrafas - Associação Brasileira dos Produtores de Fibras Artificiais e Sintéticas – aproveita para reafirmar o seu compromisso com a sustentabilidade.

Segundo Paulo De Biagi, presidente da entidade que congrega 11 empresas, o setor tem investido milhões de dólares em pesquisa e desenvolvimento de soluções que minimizem os impactos ambientais.

“Nosso compromisso é garantir que a fibra sintética evolua não apenas em performance, como também no campo da preservação ambiental. Isso já ocorre e vai se acelerar nos próximos anos”, afirma num comunicado de imprensa. O executivo destaca que algumas empresas já apresentam produtos com componentes orgânicos que se decompõem naturalmente entre dois e cinco anos após seu descarte em aterro ou ambiente marinho.

A indústria de fibras químicas tem avançado no uso de produtos biodegradáveis e na adoção de tecnologia que reduz significativamente o uso de água e produtos químicos no processo produtivo, além de diminuir a geração de efluentes que necessitam de tratamento. As e mpresas associadas à Abrafas seguem rigorosas normas de controle, estabelecidas internacionalmente”, argumenta De Biagi. Estas certificações garantem que a cadeia produtiva esteja comprometida com processos limpos e eficientes.

Empresas brasileiras produzem fios a partir da reciclagem

Empresa nacional fundada em 1991, a Dini Têxtil tem seu foco em fios e tecidos tecnológicos de poliéster para mercados industriais como o automotivo, aeroespacial, hospitalar, de segurança e mobiliário corporativo. “Um dos diferenciais da Dini está na capacidade de produzir fios de poliéster 100 por cento reciclados a partir de garrafas PET. Tal resultado, incomum na indústria têxtil — que normalmente utiliza apenas frações recicladas — é viabilizado pelo uso de grafeno na composição dos fios.”, afirma a diretora Elomara Dini.

Já a Ecofabril, criada há 30 anos, mantém o propósito de transformar garrafas PET em fibras de poliéster para diferentes aplicações industriais. Tiago Noronha, diretor comercial, informa que o negócio sempre foi 100 por cento voltado à reciclagem. “Trabalhamos principalmente com o flake de PET, que representa 99 percentuais do que produzimos”, explica. Paralelamente ao desafio da aquisição da principal matéria-prima, dada a nova legislação brasileira, o executivo frisa que a empresa tem aprovado o plano de expansão da fábrica e da produção.

Multinacionais confirmam compromisso com a sustentabilidade

Entre as empresas internacionais presentes no Brasil, a espanhola Antex também produz filamentos de poliéster 100 por cento reciclado de garrafas PET e processadas com energia 100 por cento renovável na planta em Curitiba (PR). Ao lado dela se encontram a suíça Cerdia; a gigante sul coreana Hyosung; a Indorama Ventures Fibras Brasil – braço brasileiro do segmento de fibras do grupo tailandês Indorama Ventures; a Kordsa com matriz na Turquia; a israelense Nilit, produtora de poliamida; a belga Rhodia Solvey e as amercianas The Lycra Company e Unifi. Todas comprometidas com a sustentabilidade, investindo em novas tecnologias, com o objetivo de encontrar processos e desenvolvimentos que garantam a saúde do meio ambiente.

De acordo com os dados da Abrafas em 2024, o Brasil produziu mais de 207 mil toneladas de fibras sintéticas, com ênfase na poliamida, poliéster e elastano. A capacidade instalada ultrapassa 332 mil toneladas e a produção abastece majoritariamente o mercado interno. Já no âmbito das fibras artificiais, foram produzidas aproximadamente 15 mil toneladas de acetato de celulose, das quais mais de 60 por cento foram destinadas ao consumo interno.

A Abrafas foi fundada em 1968 e atua nacional e internacionalmente na defesa dos interesses do setor, promovendo desenvolvimento tecnológico, boas práticas industriais e soluções ambientalmente responsáveis que buscam fortalecer a posição do Brasil na indústria global de fibras artificiais e sintéticas.

Em resumo
  • A Abrafas reafirma o compromisso do setor de fibras artificiais e sintéticas com a sustentabilidade, investindo em pesquisa e desenvolvimento para minimizar impactos ambientais.
  • Empresas brasileiras como Dini Têxtil e Ecofabril estão produzindo fios a partir da reciclagem de garrafas PET, demonstrando inovação e preocupação com a economia circular.
  • Multinacionais presentes no Brasil, como Antex e outras, também estão comprometidas com a sustentabilidade, investindo em tecnologias e processos que reduzem o impacto ambiental na produção de fibras.
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