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Mon Âme aposta na moda inclusiva e sustentável

By Marta De Divitiis

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Moda

Sustentabilidade e inclusão são duas palavras bastante discutidas hoje, especialmente na moda e na beleza. A ideia de que cada corpo é único e por ser singular é belo é uma ideia difundida pela geração Z (jovens de 10 a 24 anos, que já representam 45 por cento dos consumidores atuais, de acordo com as palavras da consultora de moda Amy Leverton em palestra recente.) E foi pensando assim, engajando-se no movimento Body Positive, que vê cada corpo como único e bonito, além da sustentabilidade, que nasceu a marca Mon Âme, lançada no início de novembro em São Paulo pelas sócias Andrea Lemos Britto, Valéria Shiozuka e Solange Tieko.

“Pensamos na moda como um movimento, no sentido literal da palavra, a roupa deve se ajustar ao corpo elegantemente, dos 18 aos 80 anos; além de suprir a carência do mercado no atendimento a pessoas com mais de 50 anos, nas que vestem números acima de 44 e na pessoa com deficiência.” diz Andrea. Assim, a coleção conta com 69 modelos, sendo que 90 por cento deles foram desenvolvidos de forma a serem fáceis de se vestir. Não têm botões e nem zíperes e o uso de elásticos em locais estratégicos favorecem a comodidade ao vestir. Os tecidos usados são viscose com elastano, linho e algodão.

Apesar do apelo inclusivo Andrea explica que o volume de buscas estimado para peças que atendem essa demanda tem sido muito pequeno. “Esses são nossos dados do momento, mas a necessidade do segmento é real e pode haver alterações conforme o comportamento do mercado,”justifica.

As vendas são realizadas via e-commerce, e o site tem ainda uma aba com dicas de moda para os diversos tipos de corpos; informações sobre saúde e bem estar e sobre o movimento Body Positive, além de outros assuntos pertinentes à vida contemporânea.

Sustentabilidade faz parte do DNA da marca

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"Nossa produção busca o máximo de aproveitamento, com máquinas computadorizadas e corte a laser, que minimiza as sobras. Mensalmente, revertemos resíduos da fábrica na ordem de 400 quilos mensais", explica Solange. "Doamos esses tecidos para ONGs e comunidades carentes, que os reciclam para tapetes, bolsas e colchas. Outra parcela é comercializada a preços simbólicos para pequenos empresários, que trituram e produzem flanelas para limpeza,”complementa. A empresa obedece aos preceitos da produção desacelerada, na escolha criteriosa dos fornecedores e nas relações justas de trabalho.

A fábrica, localizada no bairro do Cambuci em São Paulo, está numa área de 6 mil m2 e conta com 70 funcionários registrados e mais de 100 máquinas. Painéis fotovoltaicos foram instalados para a redução da energia gasta. Andrea explica que foram investidos aproximadamente 500 mil reais para o início do negócio. No momento ainda não divulgam o faturamento, uma vez que a marca é recente.

Fotos cortesia Mon Âme

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