National Geographic e Coletivo Indígenas Moda BR desenvolvem coleção conceitual
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Fazendo parte da campanha O Que Você Faz Importa, que convida o público a adotar novos hábitos mais sustentáveis, a National Geographic está promovendo a conscientização sobre as mudanças climáticas por meio de ações e ativações durante os meses de setembro e outubro, sendo que no dia 24 de outubro é o Dia Mundial Contra as Mudanças Climáticas.
Assim chamou os estilistas Dayana Molina e Sioduhi, do Coletivo Indígenas Moda BR a desenvolver uma coleção conceitual por meio das marcas Nalimo e Sioduhi Studio. Deste convite nasceu a coleção Weá Terra Fértil, dedicada à Amazônia, composta por peças slow fashion, 100 por cento produzidas por profissionais indígenas e com material sustentável, ressaltando a importância do consumo consciente.
Tecidos orgânicos e certificados
Fundada há 5 anos pela estilista indígena Dayana Molina, a marca Nalimo é feita 100 por cento por mulheres em todas as etapas de produção, priorizando diversidades e potencializando a igualdade social, sendo que nasceu com o propósito de ser ambientalmente responsável e comprometida com as causas indígenas. "Nos *looks *criados para a National Geographic, utilizei os tecidos como linhos, algodões e malhas com tecnologia orgânica e certificados. Além disso, todo resíduo gerado no processo de produção foi utilizado de forma responsável como, por exemplo, criando os acessórios”, explica Dayana Molina. “Entretanto, a sustentabilidade está também correlacionada com o comprometimento do designer. Se ele é consciente, a moda pode ser regenerativa. E eu faço o melhor que posso para cooperar com um planeta saudável e um movimento que inspire mudanças genuínas", complementa a estilista no release de divulgação. "Na Nalimo a regra é criar com responsabilidade. Nenhuma roupa deveria ser mais importante que as pessoas e a natureza", finaliza.
Tecnologia ancestral das comunidades amazônicas
Já a Sioduhi Studio é uma marca projetada pelo estilista indígena Sioduhi – do povo Waíkahana (Piratapuya), do Território Indígena do Alto Rio Negro, Amazonas - que desenha peças agêneros com estilo utilitário, esportivo e contemporâneo, traduzindo e transmitindo o futurismo indígena. "Nas peças utilizamos algodão emborrachado (fio magnuslat) desenvolvida pela DaTribu, que há 5 anos trabalha com fios e tecidos de algodão emborrachados de látex, agregando novos valores e tecnologia ao conhecimento ancestral das comunidades ribeirinhas na Amazônia", explica Sioduhi. "Além disso, representar a Amazônia por meio das criações é sinônimo de lembrar que dentro dela existem pessoas que estão diariamente lutando para mantê-la protegida, e elas precisam ser potencializadas de forma justa para que este ciclo de cuidado e zelo não tenha fim”, conclui no comunicado para a imprensa.
As peças da coleção Weá Terra Fértil não estarão à venda e farão parte do acervo da National Geographic. Podem ser conferidas no site da empresa.
Foto: Gustavo Paixão