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NoAge - marca autoral comemora 5 anos no mercado

By Marta De Divitiis

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Moda

Empreender no Brasil, especialmente no momento atual, pós pandemia e com a economia instável, é algo a se comemorar. Dados pré-pandêmicos do IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - indicam que menos de 40 por cento das empresas criadas no país conseguia se manter no mercado após 5 anos de atividades.

A marca NoAge, tendo à frente o empresário Claudio Gaibina, transita entre todos os gêneros e idades, faz coleções em que se mesclam o sportwear e streetwear, com pegada comfy (essa advinda dos sentimentos dos consumidores durante a pandemia) e chega ao seu quinto ano de existência mais forte do que antes. "Quando você chega nesse estágio você já descobriu onde você quer estar, quem é seu público e a sua pegada, facilitando o processo,” diz o empreendedor.

Dificuldades iniciais

Segundo Gaibina são muitos os processos que entravam o desenvolvimento de uma marca. Há muitas barreiras como fornecedores e bancos que não oferecem crédito, uma alta carga tributária, além da dificuldade de mão de obra qualificada. "O mercado de moda no Brasil é ainda muito amador e pulverizado, não existe uma preocupação de construção de produto e de marca, é ainda alimentado em cima de preço, e por conta disso se fazem absurdos quanto a escolha de tecidos, de oficinas”, diz o empresário. Nos primeiros dois anos foram investidos mais de 1,2 milhão de reais.

De acordo com o fundador, a NoAge buscou a construção de um negócio altamente profissional, consciente e ético, acima de tudo. Mesmo que se pague um alto preço por isso. A marca produz em média 10 a 15 modelos, cada qual com 100 a 120 unidades. O objetivo é, a partir de 2023 dobrar o número de modelos, aumentando a quantidade de cada um para 300 unidades.

Moda sem rótulos

"A importância de ter uma marca sem rótulos é que a sociedade evoluiu e continua evoluindo, hoje as pessoas estão mais abertas, são mais livres para assumirem posições e serem o que imaginam, sem preconceitos ou rótulos. E eu acredito que a marca tem que acompanhar isso, a No Age procura estar antenada com essa sociedade em ebulição, que está realmente ficando mais livre, despojada, sem rótulos, não faz mais sentido não pensar numa sociedade com igualdade e equidade - com todo mundo sendo tratado igualmente e com respeito a diversidade. A NoAge acredita nisso!” Continua Gaibina.

Perspectivas futuras

O empreendedor projeta o segundo semestre de 2022 mais favorável do que o ano passado, embora o mercado ainda esteja bastante desafiador. "Nós temos algumas situações que vão acontecer no segundo semestre que realmente podem impactar o negócio no sentido da imprevisibilidade. Teremos eleições, copa do mundo, que são fatores que podem contribuir para deixar o processo um pouco mais inseguro ou sem uma clareza do que pode acontecer”, explica.

Está previsto para 2023 a inauguração da primeira loja física da marca, no bairro paulistano da Mooca, onde a NoAge nasceu. "Moro na Mooca, é um bairro simbólico aqui em São Paulo. Que foi industrial, com muitos galpões, então carrega na sua história muita identidade e muita força de trabalho de imigrantes, de miscigenação forte, de mistura. A NoAge se identifica com tudo isso, na mistura, na miscigenação, não poderia ser diferente, tem que ser aqui na Mooca porque é um bairro extremamente forte nessas características. E a proximidade com o Brás, Bom Retiro e o Centro também ajuda em vários aspectos, não só de características, mas de estar muito mais perto de fornecedores que ajudam, nas trocas de idéias, entre outros fatores”, conclui.

Fotos: cortesia NoAge

Claudio Gaibina
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