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Senac ao Vivo discute processo criativo

By Marta De Divitiis

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Moda

O Centro Universitário Senac promoveu no fim de setembro uma live sobre processos criativos. Participaram dela o estilista e coordenador criativo de design do Senac, João Pimenta e o responsável pelo projeto de extensão universitária A História do Vestuário e da Moda e suas Interfaces Pedagógicas, José Luis de Andrade mediados pela gestora de desenvolvimento da área de Moda do Senac, Tatiana Putti. Marcio Figueiredo traduziu simultaneamente a live para Libras.

O bate-papo começou com Pimenta falando que a criação de roupas é um ato político, uma vez que Moda é Comunicação. “Não uso o momento do desfile só para mostrar roupas, mas comunicar,”disse ele.

Já Andrade explicou que os alunos chegam com uma bagagem pessoal, que é seu DNA profissional. “O aluno pode realizar pesquisas e transformar essa bagagem no seu universo criativo,”explicou. O docente falou ainda que o processo criativo nem sempre é mágico, especialmente para quem trabalha numa empresa com prazos pré-determinados e cobranças comerciais.

Captar o que ocorre ao redor tem importância fundamental

Pimenta explicou que é importante que o designer esteja atento ao que acontece ao seu redor. Segundo ele, estar focado ao que está vivendo também importa. “A coleção mais linda que fiz foi a que desenvolvi logo após a morte de meu pai; enquanto eu vivia meu luto, fiz a coleção para ele,”disse.

Andrade complementou que a criação está relacionada ao sentimento, ao feeling, e que para tanto há a necessidade de estar bem informado, com uma sólida bagagem cultural, que se adquire vendo filmes, lendo livros, visitando exposições e também prestando muita atenção ao que se vê na rua.

Tatiana salientou a necessidade da pesquisa de moda que é fundamental e que pode ser utilizada para mapear os desejos do consumidor final. Segundo a especialista, o Fast Fashion democratizou a informação de moda para as classes menos abastadas e o estilista precisa captar o que o público está querendo.

Necessidade de desmistificar o glamour

Um dos pontos abordados, de grande importância, é a questão de se glamourizar o estilista e deixar de lado o modelista. “No Senac olhamos a modelagem com a mesma importância que se dá ao design,”disse José Luis Andrade. Pimenta explicou que não desenha as roupas, mas a coleção surge da escolha do tecido e de seu caimento e da modelagem via moulage. “Criar via modelagem é para mim, mais inspirador,”disse. Andrade explicou que o ideal é a junção de ambas as técnicas: a modelagem plana e a moulage. “O resultado é melhor; ergonomicamente pode ser criativo também, a construção do produto é realizada na modelagem”, conclui.

Pandemia acelerou o futuro

De acordo com o coordenador criativo, a pandemia mostrou a ele que a imagem é tão importante quanto a roupa e isso ele percebeu testando fotos nas redes sociais de sua marca. “Passei do still ao modelo e desse a um contexto visual e aí a minha proposta foi compreendida,”explicou. Segundo Pimenta o que o consumidor deseja é um produto com uma mensagem e a imagem é desenvolvida para isso. Andrade reforçou a importância de se estar na Internet e nas redes sociais, uma vez que a comunicação de um produto de moda tem que estar bem próxima do consumidor. João Pimenta salientou que a comunicação errada pode afundar uma marca. E que se deve contemplar todos os consumidores. Andrade complementou que se deve olhar para algo diferente e torná-lo belo e isso a Moda faz. “Temos coisas maravilhosas, corpos diferentes, que precisam de criadores e modelistas, é um universo muito amplo e bom,”concluiu. O bate-papo está disponível no canal do Senac no Youtube.

Fotos: Youtube/Mathew Fassnacht, Kris Atomic, Dole777/Unsplash

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