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Sou de Algodão divulga balanço do Programa SouABR 2022/2023

By Marta De Divitiis

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Moda

Credits: cortesia Sou de Algodão

O movimento Sou de Algodão, iniciativa da Abrapa - Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, divulgou segunda-feira (18) o balanço do Programa SouABR dos períodos 2022/2023. O SouABR é o 1° programa de rastreabilidade por blockchain da indústria têxtil do Brasil, lançado oficialmente em 7 de outubro de 2021, no Dia Mundial do Algodão. Nasceu devido à crescente demanda nos processos de compra, venda e consumo e seu objetivo é oferecer um "raio X” ao consumidor da peça que está adquirindo.

No total, foram quase 21,5 mil fardos rastreados produzidos pelas fazendas, sendo 12.606 fardos em 2022, e 8.884 fardos em 2023. As varejistas, elo final da cadeia, colocaram na prateleira mais de 59 mil peças rastreadas em 2022, e mais de 68 mil em 2023. A Reserva, primeira marca a disponibilizar o produto rastreado no mercado, já conta com 105.284 peças rastreadas, desde outubro de 2021, data do lançamento do programa. A Renner tem 6.736 peças, desde maio de 2022, e a C&A, 7.830 peças desde maio de 2023.

Vale lembrar que essa rastreabilidade só é possível graças à tecnologia Blockchain, que funciona como um banco seguro de informações organizadas em blocos e que impede alterações, identificando e informando sobre os elos da produção: fazenda, fiação, tecelagem ou malharia, confecção e varejo.

Peças com as tags de rastreamento Credits: cortesia Sou de Algodão

Os números SouABR em 2022/2023

De acordo com o relatório fizeram parte do Programa SouABR, em 2023, 54 produtores e 60 fazendas, com um total de 8.884 fardos rastreados, face a 25 produtores, 32 fazendas e 12.606 fardos rastreados em 2022. Em relação às fiações, foram produzidos 1.192.605,08kg de fios em 2022, e 1.016.083,73kg no ano seguinte. As empresas rastreadas - Cataguases, Fiação Fio Puro, Incofios, Renaux View, Santana Textiles e Vicunha - produziram um total de 2.208.688,81kg de fios durante o período.

As empresas de tecelagens Cataguases, Renaux View, Santana Textiles e Vicunha produziram um total de 38.876,56m de tecidos e a malharia Dalila Têxtil fabricou 92.444,55kg de malhas nos anos analisados. Foram 24.207,11m de tecido e 51.130,78kg de malhas em 2022, e 14.669,45m de tecidos e 41.313,77kg de malhas em 2023.

Jeans com a tag rastreável Credits: cortesia Sou de Algodão

Produção e confecção de peças rastreáveis

No que se refere às confecções, as empresas rastreadas - By Cotton, Cataguases, Ease, Emphasis, Jace Confecções e Ufo Way - produziram 107.217 peças em 2022, e 52.493 peças em 2023, resultando em 159.710 peças produzidas.

Já com as varejistas Reserva, Renner, YouCom, Almagrino, C&A e Dendezeiro, 127.425 peças rastreadas foram produzidas no período, divididas em coleções diversas. Para Fernando Sigal, diretor de produto da Reserva, o processo produtivo sustentável começa já na escolha da matéria-prima. “A preferência por algodão certificado e rastreável demonstra um compromisso não apenas com a qualidade dos produtos, mas com todo um cenário de responsabilidade socioambiental e transparência na indústria têxtil. Trabalhar em prol de um impacto cada vez mais positivo, garantindo relações de trabalho justas e produção responsável, é crucial para nos mantermos de pé como uma marca adequada ao nosso tempo”, afirmou no release de divulgação.

Plantação de algodão Credits: Trisha Downing/Unsplash

O Programa SouABR e a certificação socioambiental

O SouABR nasceu graças ao comportamento do consumidor e, por isso, continua a estimular escolhas mais conscientes, demonstrando que o algodão presente naquela peça de roupa tem certificação socioambiental pelo programa ABR (Algodão Brasileiro Responsável). São 183 itens de verificação distribuídos em oito critérios: contrato de trabalho; proibição do trabalho infantil e proibição do trabalho análogo a escravo, indigno ou degradante, conforme obrigatoriedade; liberdade de associação sindical; proibição de discriminação de pessoas; segurança, saúde e meio ambiente do trabalho rural; desempenho ambiental; e boas práticas agrícolas.

Para Alexandre Schenkel , presidente da Abrapa, o programa SouABR está pavimentando o caminho para uma indústria têxtil mais ética, transparente e responsável no Brasil, demonstrando que a moda e o consumo conscientes podem andar de mãos dadas. “É preciso que toda a cadeia têxtil tenha um comprometimento, e o desafio de SouABR não é só de números, de entregar peças rastreadas e de mostrar o certificado das fazendas. É mostrar o que fazemos de melhor, dentro do país, evidenciando o comprometimento que temos com as pessoas e com os trabalhos que geramos”, concluiu no mesmo informe.

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