Trama Afetiva e Fashion Revolution Brasil abrem o Fórum Virada Sustentável
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Amanhã, sexta-feira (22) se inicia o Fórum Virada Sustentável, no Unibes Cultural, na capital paulista. O evento que terá 26 painéis de discussão, apresentações e uma feira de arte indígena e quilombola, está inserido na 13a. Virada Sustentável São Paulo, que se estende até dia 24 e reúne nomes conhecidos pela dedicação e busca de novos conhecimentos no tema da sustentabilidade.
O papel da moda e indústria têxtil nesses futuros possíveis entra em discussão no painel "Moda e Sustentabilidade", abrindo o evento às 13h30, que terá como anfitriões a Trama Afetiva e o Fashion Revolution. A Trama é uma plataforma de design social e regenerativo que pesquisa métodos inovadores para o aproveitamento de resíduos da indústria têxtil e da moda, principalmente o processo de upcycling.
É justamente a ampliação do conceito da economia regenerativa para além da ressignificação dos resíduos que conduz a discussão do painel, levantando a importância do bem-estar de quem compõe a cadeia. Serão discutidos tópicos ambientais, sociais e econômicos, seguidos do compartilhamento de insights dos especialistas presentes sobre a redução de resíduos e práticas sustentáveis, na busca de soluções para promover um futuro mais sustentável, equilibrado e sintonizado com a afirmação que resume os princípios da Trama Afetiva: "moda não é sobre roupas, é sobre pessoas".
A mesa será composta por Fernanda Simon, presidente do Instituto Fashion Revolution Brasil e editora contribuinte de sustentabilidade da Vogue Brasil, por Thais Losso, diretora de moda da Trama Afetiva, e Ionara Pereira Santos, diretora da Cooperativa Avemare de Catadores de Materiais Recicláveis de Santana de Parnaíba, parceira da Trama Afetiva nos projetos de upcycling da plataforma. A mediação será feita pelo pesquisador e estudioso de movimentos e expressões ligados à Economia Afetiva (EA) e diretor criativo da Trama, Jackson Araujo.
Haverá ainda a instalação artística da Trama Afetiva feita a partir de telas de crochê obtidas através do upcycling dentro dos projetos produtivos da plataforma – desde 2020, ela atua na ressignificação de náilon de guarda-chuvas recuperados do aterro sanitário, que são transformados em roupas e/ou peças em crochê, envolvendo cooperativas de catadoras e catadores de resíduos sólidos, grupos produtivos de costureiras periféricas e também grupos de artistas-artesãos do crochê em situação de vulnerabilidade social. A obra também estará no lounge do Unibes Cultural no dia 22 de setembro, das 9 às 18 horas.