• Home
  • Notícias
  • Moda
  • Tribunal de Milão decreta intervenção judicial na Loro Piana

Tribunal de Milão decreta intervenção judicial na Loro Piana

By Isabella Naef

loading...

Scroll down to read more
Moda
Loro Piana foi supostamente incapaz de prevenir e conter casos de exploração de mão de obra Créditos: FashionUnited, imagem gerada com auxílio de Inteligência Artificial

Outro caso de trabalho análogo à escravidão envolvendo marcas de luxo. Desta vez, trata-se da Loro Piana, grife da LVMH. O Tribunal de Milão decretou intervenção judicial por um ano na Loro Piana, empresa cujo CEO (diretor executivo, na sigla em inglês) é Frédéric Arnault, desde 10 de junho de 2025.

O despacho dos juízes da seção de medidas preventivas se refere, segundo a ANSA (Agência Nacional Stampa Associata), a uma investigação do promotor Paolo Storari, que apurou que a Loro Piana terceirizou a produção de peças de vestuário, incluindo jaquetas, e que sua confecção teria ocorrido em contextos de "exploração da mão de obra". A FashionUnited entrou em contato com a Loro Piana para um comentário, mas até o momento nenhuma declaração foi divulgada. Recentemente, a empresa obteve uma vitória judicial na luta contra a falsificação.

Voltando ao caso de trabalho análogo à escravidão, a Loro Piana é mais uma das marcas de alta-costura sobre a qual o promotor Storari acendeu os holofotes e obteve dos juízes o regime de intervenção judicial.

Segundo as investigações conduzidas pelo Grupo de Proteção ao Trabalho de Milão, a empresa teria sido incapaz de prevenir e conter casos de exploração da mão de obra no âmbito do ciclo produtivo, visto que não teria implementado medidas adequadas para a verificação das reais condições de trabalho, em especial, não teria fiscalizado as capacidades técnicas das empresas terceirizadas. Dessa forma, segundo a ANSA, teria facilitado culposamente o trabalho análogo.

De acordo com a investigação, a casa de moda confiou a confecção de peças de vestuário a uma empresa externa, a Evergreen. Esta última, não tendo sido capaz de produzir as peças solicitadas, teria subcontratado o trabalho para a Sor-Man SNC, de Nova Milanese, também sem capacidade produtiva adequada.

Segundo a reconstrução do Ministério Público, a empresa teria recorrido, inclusive para reduzir custos, a oficinas chinesas, fechadas pelos militares, sendo que um dos proprietários foi preso em maio. Essas oficinas, conforme consta no despacho dos juízes, teriam se utilizado de "mão de obra irregular e clandestina, em ambientes de trabalho insalubres e perigosos", alojada "em dormitórios irregulares com o objetivo de obter mão de obra barata a qualquer hora do dia/noite e submetendo-a a turnos de trabalho (...) muito superiores aos previstos contratualmente".

Um sistema que teria permitido maximizar os lucros, induzindo a oficina chinesa que efetivamente produzia as peças a reduzir os custos com mão de obra (contribuições, seguros e impostos diretos) recorrendo a mão de obra "não registrada" e clandestina, desrespeitando as normas relativas à saúde e segurança no trabalho, bem como os Contratos Coletivos Nacionais de Trabalho do setor em relação a remuneração da mão de obra, horários de trabalho, pausas e férias. Para o Tribunal, segundo a agência de notícias ANSA, esse "mecanismo foi culposamente alimentado pela Loro Piana SPA, que não verificou a real capacidade empresarial das empresas terceirizadas e subcontratadas (a Sor-Man), às quais confiou a produção, e não realizou ao longo dos anos inspeções ou auditorias eficazes para averiguar concretamente a operação da cadeia produtiva e as reais condições e os ambientes de trabalho".

Este artigo foi traduzido para português com o auxílio de uma ferramenta de IA.

A FashionUnited utiliza ferramentas de IA para acelerar a tradução de artigos (de notícias) e revisar as traduções, aprimorando o resultado final. Isso economiza o tempo de nossos jornalistas, que podem se dedicar à pesquisa e à redação de artigos originais. Os artigos traduzidos com o auxílio de IA são revisados e editados por um editor humano antes de serem publicados. Em caso de dúvidas ou comentários sobre este processo, entre em contato conosco pelo e-mail info@fashionunited.com

Loro Piana
LVMH
Trabalho escravo análogo