Tribunal de Milão decreta intervenção judicial na Loro Piana
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Outro caso de trabalho análogo à escravidão envolvendo marcas de luxo. Desta vez, trata-se da Loro Piana, grife da LVMH. O Tribunal de Milão decretou intervenção judicial por um ano na Loro Piana, empresa cujo CEO (diretor executivo, na sigla em inglês) é Frédéric Arnault, desde 10 de junho de 2025.
O despacho dos juízes da seção de medidas preventivas se refere, segundo a ANSA (Agência Nacional Stampa Associata), a uma investigação do promotor Paolo Storari, que apurou que a Loro Piana terceirizou a produção de peças de vestuário, incluindo jaquetas, e que sua confecção teria ocorrido em contextos de "exploração da mão de obra". A FashionUnited entrou em contato com a Loro Piana para um comentário, mas até o momento nenhuma declaração foi divulgada. Recentemente, a empresa obteve uma vitória judicial na luta contra a falsificação.
Voltando ao caso de trabalho análogo à escravidão, a Loro Piana é mais uma das marcas de alta-costura sobre a qual o promotor Storari acendeu os holofotes e obteve dos juízes o regime de intervenção judicial.
Segundo as investigações conduzidas pelo Grupo de Proteção ao Trabalho de Milão, a empresa teria sido incapaz de prevenir e conter casos de exploração da mão de obra no âmbito do ciclo produtivo, visto que não teria implementado medidas adequadas para a verificação das reais condições de trabalho, em especial, não teria fiscalizado as capacidades técnicas das empresas terceirizadas. Dessa forma, segundo a ANSA, teria facilitado culposamente o trabalho análogo.
De acordo com a investigação, a casa de moda confiou a confecção de peças de vestuário a uma empresa externa, a Evergreen. Esta última, não tendo sido capaz de produzir as peças solicitadas, teria subcontratado o trabalho para a Sor-Man SNC, de Nova Milanese, também sem capacidade produtiva adequada.
Segundo a reconstrução do Ministério Público, a empresa teria recorrido, inclusive para reduzir custos, a oficinas chinesas, fechadas pelos militares, sendo que um dos proprietários foi preso em maio. Essas oficinas, conforme consta no despacho dos juízes, teriam se utilizado de "mão de obra irregular e clandestina, em ambientes de trabalho insalubres e perigosos", alojada "em dormitórios irregulares com o objetivo de obter mão de obra barata a qualquer hora do dia/noite e submetendo-a a turnos de trabalho (...) muito superiores aos previstos contratualmente".
Um sistema que teria permitido maximizar os lucros, induzindo a oficina chinesa que efetivamente produzia as peças a reduzir os custos com mão de obra (contribuições, seguros e impostos diretos) recorrendo a mão de obra "não registrada" e clandestina, desrespeitando as normas relativas à saúde e segurança no trabalho, bem como os Contratos Coletivos Nacionais de Trabalho do setor em relação a remuneração da mão de obra, horários de trabalho, pausas e férias. Para o Tribunal, segundo a agência de notícias ANSA, esse "mecanismo foi culposamente alimentado pela Loro Piana SPA, que não verificou a real capacidade empresarial das empresas terceirizadas e subcontratadas (a Sor-Man), às quais confiou a produção, e não realizou ao longo dos anos inspeções ou auditorias eficazes para averiguar concretamente a operação da cadeia produtiva e as reais condições e os ambientes de trabalho".
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