Designer britânica Mary Quant morre aos 93 anos
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Reconhecida como a responsável pela popularização da minissaia, que revolucionou os anos de 1960, a estilista britânica Mary Quant morreu "pacificamente" hoje (13), pela manhã, no condado de Surrey, ao sul da Inglaterra, conforme sua família informou à agência de notícias PA. “Ela foi uma das estilistas mais conhecidas do século XX e uma inovadora excepcional”, segundo o informe.
Nascida em Londres, em 1930, Mary formou-se em Belas-Artes na Goldsmiths’s College e abriu, em 1955, na famosa King's Road, uma boutique chamada Bazaar, onde vendia vestidos confeccionados por ela. Rapidamente a loja tornou-se um ponto de encontro de jovens e celebridades como os Beatles e Rolling Stones.
A primeira estilista a utilizar o PVC em casacos e botas, ficou famosa também pelas hot pants, maquiagem colorida e por seu corte de cabelo, com ampla franja, criado por Vidal Sassoon. Durante uma década, tudo o que criava ia ao encontro do espírito da época: a liberdade do pós guerra, a euforia e transgressão da juventude que não queria vestir as mesmas roupas que seus pais.
Em 1966 foi declarada a mulher do ano e condecorada por sua contribuição para a indústria da moda britânica, recebendo a honraria pelas mãos da Rainha Elizabeth II. Tornou-se uma marca global, com licenciamentos em todo o mundo, com maquiagem, lingerie, meia-calça, sapatos e agasalhos. Já nos anos de 1970 vendeu seu negócio e passou a criar para outras marcas e dedicar-se à cosmética.
Em 2009 foi homenageada pelos Correios britânicos, que criaram um selo postal especial. Em 2019 o Victoria & Albert Museum realizou uma exposição sobre seu trabalho e hoje postou nas redes sociais: “é impossível mensurar a contribuição de Quant para a moda. Ela representou a alegre liberdade da moda dos anos 1960 e ofereceu um novo estilo para as mulheres jovens,”destacou. Personalidades do universo da moda renderam homenagens à designer, destacando sua importância.