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Moda perde Jefferson Kulig

By Marta De Divitiis

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Reprodução Facebook

Morreu nesta terça-feira, dia primeiro, o estilista curitibano Jefferson Kulig. Numa postagem nas mídias sociais, a irmã do designer, também estilista, Karina Kulig, comunicou: “hoje perdemos nosso querido Jefferson Kulig. Um criador e estilista incrível, que colocou o Paraná em evidência na moda nacional nos anos 90 e 2000. Infelizmente ele não suportou mais as pressões e angústias da vida. Você será nosso orgulho para sempre,”dizia o post. O designer, que tinha 54 anos faleceu em casa e foi sepultado na manhã de quarta-feira no cemitério paroquial da Colônia Orleans, na capital paranaense.

Economista de formação, Kulig começou a trabalhar cedo, na fábrica de tricô que seus pais tinham no bairro de Campo Comprido em Curitiba. Foi lá que iniciou, segundo suas próprias palavras ao Paraná RPC, a se interessar pelos tecidos e demais matérias primas. Suas coleções continham tecidos tecnológicos, muitos dos quais desenvolvidos por ele. Foi convidado a participar do SPFW - São Paulo Fashion Week - e lá se apresentou por várias edições, assim como do Paraná Business Collection, em Curitiba.

“Kulig é família sinônimo de moda aqui em Curitiba. Jefferson foi a ponta da pirâmide, sendo que a base foram seus pais, donos de malharia. Karina faz alta costura e tem um ateliê para noivas. Jefferson foi, por doze edições, o estilista mais inventivo do SPFW. Chegou a abrir loja na rua Oscar Freire em São Paulo, mas estava muito à frente de seu tempo,”diz a jornalista e editora de moda Adélia Maria Lopes, que trabalha na área desde os anos 1980. “Creio que foi incompreendido, abandonou as passarelas e uma vez me falou que estava bem longe da fogueira das vaidades,” diz Adélia.

De acordo com a jornalista atualmente Kulig estava trabalhando com camisetas ecológicas, com sua marca Use Natureza, em defesa da causa dos animais selvagens. “A selva de pedra foi demais para sua sensibilidade. Há quatro meses revelava muita angústia. Que sua partida seja motivo de reflexão. Tratava a moda como arte e ciência, uma dupla bem escassa neste nosso insensato mundo,” conclui a editora, que trabalha no Diário Indústria & Comércio em Curitiba e que acompanhou de perto a trajetória do designer.

No Facebook a irmã agradeceu as mensagens de carinho recebidas. “Nossos corações ficaram aquecidos, percebendo o quanto Jefferson inspirou e tocou pessoas com seu trabalho. Jefferson, ficamos imaginando o quanto você ficaria feliz em ler estas mensagens,”disse Karina no post.

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