ABVTEX divulga nota sobre importações de têxteis e o coronavírus
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A OMS - Organização Mundial de Saúde - tem alertado sobre os riscos da epidemia do coronavírus, cuja origem se deu na China, no início do ano e já se expandiu por vários continentes (o Brasil teve divulgado seu primeiro caso essa semana, em São Paulo), causando mortes. Nesse contexto, uma vez que o Brasil importa insumos (fios no caso dos têxteis) e produtos acabados (vestuário) do gigante asiático, é natural que se preocupe em relação às possíveis consequências econômicas que essa epidemia poderá causar.
Ontem, dia 26, no final da tarde, a ABVTEX - Associação Brasileira do Varejo Têxtil - que representa 100 marcas de varejo de moda, divulgou uma nota dizendo que ainda não é possível prever os reais impactos na importação de têxteis devido às paralisações na economia e mão de obra chinesa. Segundo o informe a produção vem sendo afetada e em algumas regiões ainda estão paradas. Desde o feriado do ano novo chinês, momento em que a produção é naturalmente afetada, algumas regiões ainda continuam paralisadas. "A grande questão é se os chineses terão capacidade de reação para compensar essa paralisação. A China já demonstrou inúmeras vezes grande capacidade de reação. As consequências, se houver, serão sentidas no final do primeiro semestre e início do segundo,” é o que diz a nota por meio do presidente da entidade, Edmundo Lima.
O FashionUnited entrou em contato com a Abit - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção - e por meio de sua assessoria de imprensa a entidade respondeu que apesar de haver uma preocupação, especialmente em relação a algum impacto a longo prazo, não há ainda nenhum dado concreto para ser divulgado.
De acordo com dados do IEMI - Inteligência de Mercado, somente 15 por cento do comércio de roupas no Brasil é importada, em relatório relativo a 2018. Já os insumos são maiores (somente Blumenau, SC, em 2019, importou da China 45 por cento dos fios utilizados na produção de têxteis, totalizando 184,41 milhões de dólares, segundo dados do Sintex - Sindicato da Indústria da Fiação, Tecelagem e Vestuário de Blumenau, divulgados no portal NSC.)
Foto: Macau Photo Agency/Unsplash