Setores têxtil e de confecção projetam recuperação de empregos em 2019
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De acordo com dados divulgados na última semana pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, o emprego na indústria têxtil e de confecção encerrou o ano de 2018 com saldo negativo. Mas apesar do expressivo fechamento de vagas no período, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, Abit, prospecta recuperação nos postos de trabalho do setor em 2019.
Em dezembro, o saldo desfavorável ficou em 20.120 vagas, resultado de 8.085 contratações e 28.211 demissões. No acumulado do ano, o desempenho ficou negativo em 27.326 empregos, mesmo saldo identificado em 12 meses. Para 2019, entretanto, a Abit mantém otimismo moderado. A associação espera a criação de 20 mil novas posições, com crescimento da produção em 3,5 por cento. A crença de melhora no ambiente econômico é sustentada também por pesquisa realizada pela prórpria associação com seus empresários. O levantamento indicou que 66,94 por cento dos entrevistados estão otimistas com o desempenho do país e 63,11 por cento com suas próprias empresas.
Entre os pontos mais importantes a serem levados em consideração para a melhoria, os entrevistados destacaram a necessidade da realização de reformas como a previdenciária (61,60 por cento) e a tributária (67,20 por cento). “A aprovação de reformas estruturantes é fundamental para que essas visões mais favoráveis se confirmem. Se houver procrastinação com o andamento das reformas, os efeitos serão muito negativos e sentidos por toda a economia”, ponderou Fernando Valente Pimentel, presidente da Abit, em comunicado.
Ainda apoiando o movimento otimista, o boletim Focus, do Banco Central, prospecta crescimento de 2,53 por cento do PIB brasileiro em 2019.
Foto: Pixabay