Exportações de calçados excedem 35 por cento sobre 2019
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Dados elaborados pela Abicalçados - Associação Brasileira das Indústrias de Calçados demonstram que entre janeiro e agosto foram embarcados 97,57 milhões de pares, que geraram 880,88 milhões de dólares, altas de 29,7 por cento em volume e de 62,7 percentuais em receita na relação ao mesmo período do ano passado. Já em relação ao mesmo intervalo na pré-pandemia, em 2019, os incrementos são de 29,4 percentuais em pares e de 35,6 por cento em receita gerada. O melhor resultado foi o de agosto deste ano, quando foram embarcados 10,7 milhões de pares gerando 117,43 milhões de dólares. Já em relação a agosto de 2021 o aumento é de 15 por cento em volume e 50,4 percentuais em receita.
De acordo com Haroldo Ferreira, presidente-executivo da Abicalçados, os países latino-americanos têm papel predominante nesta performance, especialmente o Chile, quarto destino dos calçados brasileiros. Paralelamente o executivo destaca, no release de divulgação, que o preço médio dos calçados subiu de 8 para 11 dólares. “Existe um aumento da demanda internacional por calçados e, neste momento de enfraquecimento gradual da China como um grande player do setor, o mundo volta seus olhos para o produto brasileiro, pois temos a maior indústria de calçados fora da Ásia e capacidade produtiva para atender o mercado internacional”, diz.
Destino das exportações
Os Estados Unidos figuram em primeiro lugar na exportação dos nossos calçados, sendo que em agosto importaram 1,34 milhão de pares, que renderam 38 milhões de dólares, estabilidade em volume e aumento de 57 por cento em receita relação ao mesmo mês de 2021. No acumulado de janeiro a agosto, foram embarcados para lá 14,35 milhões de pares, que geraram 246,3 milhões de dólares, incrementos de 57,2 por cento em volume e 84,6 percentuais em receita em relação ao mesmo período do ano passado.
A Argentina, apesar da crise interna e da resolução do BCRA - Banco Central da República Argentina, que libera os pagamentos das mercadorias importadas somente após 180 dias continua em segundo lugar na compra dos calçados brasileiros. No mês de agosto, a Argentina importou 1,5 milhão de pares por 17,6 milhões de dólares, queda de 8,4 por cento em volume e incremento de 49,7 percentuais em receita na relação com o mesmo mês do ano passado. No acumulado dos oito meses de 2022, foram embarcados para lá 11,7 milhões de pares, que geraram 127,42 milhões de dólares, um aumento de 50, 9 por cento em volume e quanto em 84 percentuais em relação ao mesmo intervalo de 2021.
O terceiro destino do calçado brasileiro em 2022 é a França, que em agosto importou 166,35 mil pares, gerando 2,8 milhões de dólares, quedas de 55,2 por cento e de 44,4 percentuais, respectivamente, ante o mesmo ínterim do ano passado. No acumulado, os franceses importaram 5 milhões de pares por 43,7 milhões de dólares, altas de 15 por cento em volume e de 11,4 percentuais em receita na relação ao período correspondente de 2021.
Estados exportadores
O principal exportador de calçados do Brasil é o Rio Grande do Sul, de onde partiram, entre janeiro e agosto, 29,16 milhões de pares, que geraram 413,95 milhões de dólares, altas de 50,2 por cento e de 72,6 percentuais, respectivamente, ante o mesmo período do ano passado.
A seguir vem o Ceará, que entre janeiro e agosto exportou 28,58 milhões de pares por 182 milhões de dólares, aumento de 26,7 por cento em volume e de 43 percentuais em receita em comparação com o mesmo intervalo de 2021.
No terceiro e quarto postos entre os exportadores de calçados figuram São Paulo (7 milhões de pares e 90,14 milhões de dólares, incrementos de 29 por cento e 55,6 percentuais ante mesmo período de 2021) e Minas Gerais (9,47 milhões de pares e 58,44 milhões de dólares, altas de 43 por cento e 87 percentuais comparando com o mesmo período do ano passado).
Fotos: Venti Views/ Unsplash, Fejuz/Unsplash e Andrew Tanglao/Unsplash