Zuzu Angel tem a certidão de óbito retificada
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O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania entregou no fim da semana passada aos familiares da estilista ZuzuAngel, a certidão de óbito retificada. A entrega, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, foi realizada pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, seguindo resolução de 2024 aprovada pelo CNJ – Conselho Nacional de Justiça – sobre mortes de dissidentes políticos na ditadura.
A causa mortis, antes tida como “fratura de crâneo (sic) com hemorragia subdural e laceração cortical”, agora consta como “causa mortis: em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado Brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 985”.
A designer passou a utilizar a moda como ferramenta de denúncia ao regime político da época, depois do desaparecimento do seu filho Stuart, em maio de 1971. Suas roupas continham estampas de canhões e anjos, bordados de tanques e sóis quadrados, além de flores. Foi homenageada pelo também designer Ronaldo Fraga em coleção de 2001/2002, revisitada em 2022. 'É considerada uma das pioneiras da moda brasileira, usando referências nacionais, desviando das tendências européias, então prevalentes.
- O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania retificou a certidão de óbito de Zuzu Angel, reconhecendo que sua morte foi causada pelo Estado Brasileiro durante a ditadura.
- Zuzu Angel utilizou a moda como forma de denúncia contra o regime político da época, após o desaparecimento de seu filho Stuart.
- Suas roupas continham estampas e bordados que simbolizavam a denúncia, e ela é considerada uma pioneira da moda brasileira por usar referências nacionais.