Empresas de moda relatam aumento significativo das vendas online
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De acordo com uma pesquisa realizada pela Dito CRM - plataforma que gerencia marcas - o segmento de moda online (incluindo vestuário, acessórios e calçados) teve um desempenho 48,9 por cento maior no mês de março de 2020 em relação ao mesmo mês do ano passado. Esses dados foram obtidos de varejistas de marcas próprias com presença online e offline há mais de 2 anos representando 2.500 lojas físicas, todas fechadas por enquanto.
No período ainda vigente de isolamento social imposto por autoridades na tentativa de achatar a curva de disseminação do coronavírus, as empresas apostaram suas fichas no e-commerce sendo que várias marcas reforçaram também outras mídias digitais como o WhatsApp e o Instagram. E ao que tudo indica essas estratégias têm dado certo. Um dos exemplos veio da Mardelle, marca mineira de moda íntima, cujas vendas online (iniciadas em 2016) dobraram de volume nesse período. Ao mesmo tempo, a Riachuelo, que está com suas 320 lojas fechadas, registrou entre os dias 4 a 12 de abril um aumento de 124 por cento nas vendas do e-commerce, sendo que o tráfego no site teve um crescimento de 56 por cento.
Marcus Gonçalves, diretor comercial da franquia Mardelle, destaca em nota de divulgação, que para fomentar as vendas online, foram criadas várias campanhas: frete grátis para todo o Brasil; descontos em peças com preços competitivos; promoção comprando seis peças pagando apenas cinco, além de parcelamento em até seis vezes sem juros. Vale lembrar que as 22 lojas da marca, 9 das quais franqueadas, se encontram fechadas. A logística foi resolvida via motoboy na região de Belo Horizonte e via correios para o restante do Brasil.
Já Carlos Alves, diretor de tecnologia e inovação da Riachuelo as ações digitais visam a aproximação com o consumidor. A empresa investiu na facilidade de tráfego no site e nas lives de cantores sertanejos que obtiveram milhões de visualizações. Ao mesmo tempo divulgaram nesses meios as ações de auxílio no combate ao COVID-19 como a produção e doação de 500 mil itens hospitalares, segundo nota da assessoria de imprensa.
“Vejo que teremos um desafio muito grande pela frente. Nós, empresários, vamos ter um papel fundamental na reconstrução da economia. Vamos ter que ter bastante sabedoria e serenidade para as muitas negociações que faremos no pós-quarentena. Este momento que vivemos é inédito na vida de todos nós. Acredito que muitas coisas não serão as mesmas após este episódio”, avalia Marcus Gonçalves, da Mardelle.
Foto: Anete Lusina/Unsplash